Clube conhecido hoje como Academia e arquirrival de equipe que já era bicampeã da competição, o conteúdo de hoje no quadro “Esquadrões Libertadores” fala sobre a história do Racing campeão na edição de 1967 que, coincidentemente, enfrentou na final outro arquirrival de equipe que já havia levantado a taça continental.
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1967
Um ano antes, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) decidiu ampliar o leque de participantes para times que haviam sido vice-campeões dos torneios nacionais, algo que desagradou, principalmente, os times brasileiros. Em 67, apesar da presença do Cruzeiro, o Santos não exerceu seu direito a atuar e a competição entendendo como tendo datas que competiam com o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, equivalente ao Brasileirão da época.
Logo, a competição sul-americana foi disputada com 19 equipes: 31 de Octubre, Barcelona de Guayaquil, Bolívar, Cerro Porteño, Cruzeiro, Colo-Colo, Deportivo Galicia, Deportivo Italia, Emelec, Guaraní, Independiente Medellín, Independiente Santa Fe, Nacional, Peñarol, Racing, River Plate, Sport Boys, Universidad Católica e Universitario.
Campanha do Racing
Na fase de grupos, composta por três grupos de seis times cada (o Peñarol tinha vaga automática na etapa seguinte como campeão vigente), a equipe comandada pelo técnico Juan José Pizutti foi dominante na chave.
Disputando uma das duas vagas para avançar no torneio com River Plate, Santa Fe, Bolívar, Independiente Medellín e 31 de Octubre, a Academia de Cejas, Alfio Basile, Rulli, o brasileiro João Cardoso e Raffo marcaram 17 pontos conquistados e a primeira posição pára seguir a fase seguinte onde, em duas chaves com quatro times em uma e três em outra, a Academia encontrou um rival tão regular quanto, o Universitario.
Obrigando, aliás, a ser disputado um jogo de desempate vencido pelos argentinos para se chegar a decisão do torneio.
Decisão
O Racing chegou na grande final para duelar diante do Nacional, equipe que também convivia com seu grande rival (Peñarol) já tendo conquistado a competição. E a disputa foi ferrenha.
Após dois empates sem gols em duelos tanto na cidade de Avellaneda como em Montevidéu, a cidade de Santiago (sede da final em jogo único de 2019) recebeu o confronto decisivo onde o brasileiro João Cardoso além de Norberto Raffo (Milton Viera diminuiu a diferença) constituíram o placar de 2 a 1 para os argentinos que lhe concedeu seu único título de Liberta até então.
Jogos
Fase de Grupos
Racing 2 x 0 River Plate
31 de Octubre 3 x 0 Racing
Independiente Medellín 0 x 2 Racing
Independiente Santa Fe 1 x 2 Racing
Bolívar 0 x 2 Racing
Racing 6 x 0 Bolívar
Racing 5 x 2 Independiente Medellín
Racing 4 x 1 Independiente Santa Fe
Racing 6 x 0 31 de Octubre
River Plate 0 x 0 Racing
Segunda Fase
River Plate 0 x 0 Racing
Universitario 1 x 2 Racing
Racing 1 x 2 Universitario
Colo-Colo 0 x 2 Racing
Racing 3 x 1 Colo-Colo
Racing 3 x 1 River Plate
Desempate
Racing 2 x 1 Universitario
Final
Racing 0 x 0 Nacional
Nacional 0 x 0 Racing
Racing 2 x 1 Nacional
Time-base: Agustín Cejas; Alfio Basile, Óscar Martín, Miguel Mori, Rubén Díaz e Roberto Perfumo; Juan Rulli; João Cardoso, Humberto Maschio, Juan Cárdenas e Norberto Raffo.
Artilheiro: Norberto Raffo – 13 gols.