Escândalos não afetaram as finanças da Conmebol, garante Alejandro Domínguez

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Foto: Norberto Duarte/AFP

Que o ex-dirigente da Associação Paraguaia de Futebol (APF), Alejandro Domínguez, estava assumindo um cargo de alto risco e desconfiança ao ser eleito o novo presidente da Conmebol, isso não chega a ser novidade.

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Porém, mesmo fazendo críticas fortes a gestão anterior da entidade sul-americana, Domínguez avaliou como positiva a situação financeira em que a organização se encontra. E isso ficou bem expresso em entrevista concedida no último final de semana ao jornal El Mercúrio:

“Do ponto de vista financeiro, tive uma grata surpresa. Nesse aspecto, a casa está em ordem. Não obstante, considero que a Conmebol é uma organização que sua administração ficou obsoleta, não representa e não está a altura do futebol da América do Sul. Nesse sentido está tudo para ser feito. Transparência e controle de gestão, institucionalização de processos e decisões e trabalho de equipe efetivo são a essência do tempo novo.”

A respeito do corte de verbas feito pela FIFA como forma de punir os casos de corrupção que assolaram o continente, derrubando diversos presidentes de confederações, Alejandro mostra especial preocupação e necessidade de argumentar com a mandatária do futebol mundial:

“O Comitê Executivo (da Conmebol) tem muito pouco tempo em exercício e nós gostaríamos de saber quais são os argumentos que a FIFA considerou para tomar uma decisão assim. Se as responsabilidade são de dirigentes anteriores e há uma nova comitiva, que está tomando decisões corretas, não deveria haver motivo algum para que não tenhamos acesso a esses fundos.”

Sendo absolutamente direto a respeito do que foi o principal problema para a causa dos problema adminsitrativos da Conmebol, Alejandro Domínguez apontou os chamados “interesses pessoais”:

“O primordial é que o interesse particular esteve acima do interesse institucional geral. Se perdeu a orientação, o futebol e todos os atletas e a função são o principal e a quem todos devem.”

A respeito das acusações de suborno que recaíram sobre o ex-presidente da Conmebol Juán Ángel Napout, que foi uma espécie de “braço direito” de Domínguez enquanto diretor na APF, o atual mandatário se disse surpreso e prefere aguardar o desenrolar do julgamento:

“Durante sete anos trabalhamos juntos. A verdade é que me surpreendem, mas temos que esperar os resultados do juízo antes de opinar.”

 

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