Como se não bastasse o escândalo do “FIFAgate” ter chegado ao Chile com o efeito devastador de derrubar o presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP), Sérgio Jadue, outro problema da entidade com a justiça (dessa vez a local) pode surgir nos próximos dias.
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De acordo com o que foi noticiado pelo jornal La Tercera, a Comissão de Esportes, orgão público que julga possíveis irregularidades gerais no esporte chileno, vai fazer uma investigação mais aprofundada a respeito dos 49 mil ingressos que teriam sido cedidos como “cortesia” pela ANFP aos atletas, algo que até hoje causa muita estranheza entre a população.
Quem garante esse tipo de interesse da Comissão Esportiva no escândalo que teria acontecido entre os períodos de 2013 a 2015 são os políticos Celso Morales e Juan Antonio Coloma Álamos em um comunicado oficial:
“É necessário que de uma vez por todas alguém tome as rédeas e se inicie um processo de limpeza completa de todo o mal interior do organismo porque não pode ser que se utilize como justificativa que mais de 49 mil ingressos (entre 2013 e 2015) de partidas amistosas foram cedidos aos jogadores.”
O comunicado ainda critica de maneira veemente como está sendo conduzida a mandatária máxima do futebol chileno, pontuando esse como apenas mais um dentre os tantos casos expostos a mídia nos últimos tempos:
“Todos os dias, lamentavelmente, estamos nos inteirando de situações novas que estão relacionadas a ANFP. Hoje é a vez dos ingressos onde realmente há uma desorganização, onde ninguém entende ninguém, principalmente pela quantidade de bilhetes que se encontram sem respaldo algum.”
A informação surge justamente próximo a um momento onde, recentemente, muitos chilenos reclamaram que não podiam acompanhar partidas da Roja, sejam amistosos ou válidas pelas Eliminatórias, devido aos altos preços cobrados.
O volante Arturo Vidal, do Bayern de Munique (Alemanha), chegou inclusive a sortear 100 ingressos que ele mesmo comprou em sinal de solidariedade a questão. O zagueiro Gary Medel, da Inter de Milão (Itália), pontuou em outra oportunidade que gostaria de ver uma diminuição nos valores.
