Visando devolver o carinho dos torcedores e também expandir a marca do Boca Raton, o meia brasileiro Bruno Militz, em parceria com seu assessor Arthur Trilles, decidiram realizar o sorteio de uma camiseta autografada pelo atleta.
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Aproveitando a oportunidade, o Futebol Latino conversou com o jogador para falar um pouco mais sobre a sensação que essa iniciativa proporcionou a ele e outros temas relacionados ao futebol dos Estados Unidos.
Veja como foi a entrevista com o jogador Bruno Militz:
Bruno: Primeiramente me sinto honrado de fazer parte da história do clube, e principalmente ser exemplo para algumas pessoas. Tive o grande prazer de ser parte do Boca desde o primeiro ano do clube, e não tenho como não agradecer a toda equipe que trabalhou e ajudou a equipe a alcançar este crescimento. Quanto a ser um exemplo, assim como eu sigo diversas pessoas como exemplo e tento me espelhar nas atitudes de liderança que elas possuem, quero passar isso aos demais que estão me acompanhando diariamente, pois futebol é um esporte coletivo mas depende muito do nosso individual pois temos que estar bem consigo mesmo e com toda equipe pra ajudar o todo.
FL: Você pensa em realizar algum tipo de ato solidário além desse sorteio? Já faz ou fez isso durante a sua carreira?
Bruno: Não tenho esta experiência de momento, mas sim estou aprendendo e estou gostando muito do resultado até hoje. Com certeza irá me motivar a fazer mais ações e atos solidários pois uma das coisas mais prazerosas da vida é poder ajudar as outras pessoas quando necessitam. Agradeço ao Arthur pela ideia e vamos trabalhar mais forte neste quesito para o futuro.
FL: Tem o costume de guardar as camisetas dos adversários que atua diante deles ou não é tão apegado a isso? Qual você não sortearia de jeito nenhum?
Bruno: Acho que sempre vai depender do jogo e de quem está jogando do outro lado. Por exemplo, quando jogamos contra o Shakhtar foi muito claro que nós brasileiros fomos pedir a camiseta dos brasileiros que estavam atuando para o time deles. Mesmo assim, não sou tão apegado a isso. É difícil dizer alguma que eu não sortearia porque todas foram conquistadas com muito sacrifício, então teria que pensar melhor no assunto.
FL: O que estar atuando no futebol dos Estados Unidos te ajudou a ter uma visão mais social do esporte, pensando também nessa interação mais próxima ao público?
Bruno: O que eu acho impressionante dos EUA e consegui perceber isto com o tempo de vivência, é que todas as pessoas (acredito que 95% pra mais) são incentivadas a fazer esporte desde pequeno. E o esporte como todos nós sabemos, traz diversas lições como liderança, trabalho em equipe, a experiência de ganhar em um dia e perder no outro. Acredito que tudo isso faça com que as pessoas crescam com uma mentalidade totalmente diferente. Quando estava jogando pela liga universitária, muitas vezes vi técnico falar para o jogador pedir desculpas por uma falta ou algo do tipo. Claro que temos a rivalidade dentro de campo, mas antes de tudo vem o respeito. Estas são pequenas atitudes que na nossa cultura brasileira falta, e muito. Outra questão que os americanos dão muito valor é o trabalho voluntário, importantíssimo para o currículo. Por estes e mais outras, que quero começar a trabalhar mais forte neste quesito para o futuro, como citei anteriormente.
FL: Se o Boca Raton for campeão na temporada, vai ter repetição do sorteio como forma de agradecimento ao carinho do público?