Na última quinta-feira (15), a Superliga Argentina divulgou que fará uma homenagem póstuma diferente na próxima rodada em razão do falecimento no último dia 12 de agosto do ex-jogador campeão mundial em 1986 pela seleção Albiceleste, José Luis Brown.
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Entretanto, para muitos, a atitude que será tomada pelos capitães de todos os times que irão a campo em morder a camiseta e apoiar o dedo polegar no buraco feito pela mordida não tem uma referência clara. Referência essa que remete ao último título de Copa do Mundo da Argentina conquistada em 1986, mais precisamente a decisão daquele torneio no México.
Na partida onde o defensor havia inclusive feito o primeiro tento na vitória por 3 a 2 diante da Alemanha, o zagueiro que não vinha em boa fase no Estudiantes, mas foi bancado pelo técnico Carlos Bilardo, acabou se chocando com um adversário onde não só acusou dores fortes na região do ombro como foi imediatamente constatada uma luxação.
Em meio ao calor do confronto, Brown confessou em entrevista ao diário Olé em maio de 2018 que proferiu as seguintes palavras para o médico Raúl Madero em um ato de profunda entrega:
“Tinha uma dor insuportável. A primeira coisa que disse ao doutor Madero foi ‘nem pense em me tirar, não saio nem morto’. Mordi a camiseta, fiz dois buracos para colocar os dedos e terminei assim. Havia passado por um montão de coisas e nem louco eu ia deixar a final.”
Dito e feito. Brown terminou a partida com o braço imobilizado e teve sua imagem da camiseta rasgada no local onde fez a improvisação eternizada principalmente na memória do torcedor argentino. Não à toa, na mesma entrevista, ele confirmou que tinha em sua residência a indumentária daquele dia.