O mundo do futebol e suas “voltas” levaram Rhayner dos Santos Nascimento a conhecer fronteiras as quais ele admite que jamais conseguiria se não fosse a bola. Porém, além disso, o atacante do Sanfrecce Hiroshima (Japão) também tem total ciência (e gratidão) a outra peça chave na sua história: o primo Maykson.
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Em momento onde Rhayner já estava prestes a desistir de se tornar jogador profissional desanimado com a falta de oportunidades, foi ele quem deu o “empurrão” para o fatídico teste na equipe do Laranjeiras, modesto time da cidade capixaba de Serra onde a trajetória do hoje ex-Fluminense, Vitória e Náutico dava os seus primeiros e importantes passos rumo ao profissionalização. Por isso e muito mais, o contato entre as partes segue constante, ainda mais com a vinda dos filhos em idades semelhantes.
Destacado pela articulação e gosto pelos estudos, imagem que foge ao esteriótipo do jogador de futebol “forçado” a interromper os estudos para concentração máxima no esporte, ele garante que isso jamais o atrapalhou ou o “excluiu” do grupo de amigos, pelo contrário. Isso fez com que ele aprendesse a conviver em diversos grupos, algo que certamente o auxiliou a lidar tanto com possíveis dificuldades trazidas pelo pejorativo apelido de ‘quase gol’ nos tempos de Náutico e Fluminense como na primeira grande mudança na vida experimentando atuar fora do país logo no outro lado do mundo, mais precisamente no Japão, quando em 2018 foi emprestado pela Tombense ao Kawasaki Frontale.
Vindo de família humilde, Rhayner se orgulha de onde conseguiu chegar e de como o futebol pode proporcionar a ele e seus familiares uma vida mais confortável e de experiências únicas. É esse um dos pontos, inclusive, que o faz concluir estar em plena realização com o esporte aos 29 anos de idade.
Confira abaixo a entrevista exclusiva de Rhayner ao Futebol Latino:
– Por buscar conhecimento e gostar de estudar, de alguma forma você foi “discriminado” ou por algum motivo excluído em algum clube que passou pelos demais companheiros que tiveram realidades diferentes? Ou isso na verdade mais te ajudou que atrapalhou na carreira?
– O quanto efetivamente o apelido de “quase gol” dos tempos de Fluminense te incomodava? Foi algo que chegava a te deixar, de alguma forma, nervoso na iminência de concluir as jogadas?
– A mudança de realidade do Brasil para o Japão foi impactante? Além da questão cultural e comportamental, houve algo que te chamou a atenção logo quando você chegou?
– Tendo tido a oportunidade de jogar em tantos clubes conhecidos, algum deles te desperta algo parecido com o do sentimento de ser, além de ex-jogador, um torcedor?
– Você ainda tem contato constante com o Maykson, seu primo o qual você já disse ser muito grato por ter insistido para que você fizesse o teste no Laranjeiras e desse início a sua carreira como profissional?
– Aquele garoto que saiu de Serra, no Espírito Santo, e que conheceu vários lugares do Brasil e do Japão pode dizer que efetivamente é realizado ou falta alguma meta antes colocada que não foi cumprida?