Utilizando o seu já bastante conhecido senso crítico quando questionado sobre futebol, o ex-jogador brasileiro Tostão deu interessantes declarações em entrevista concedida na última quinta-feira (13) a rádio espanhola Cadena SER, mais precisamente ao programa La Graderia.
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Nas declarações que foram concedidas antes mesmo do triunfo do Barcelona (Espanha) por 5 a 1 sobre o Lyon (França) pela Liga dos Campeões da Europa, o ex-jogador que foi tricampeão mundial com a Seleção na Copa de 70 foi bastante incisivo ao falar do atual momento que vive o meia Philippe Coutinho.
Para ele, o momento é do jogador entender definitivamente seu papel na equipe onde não é um “protagonista” como nos tempos de Liverpool (Inglaterra). Ao passo que, em sua visão, é importante também que o próprio clube culé não infle em demasia as expectativas sobre o futebol de Coutinho.
“Coutinho não joga bem porque compete com Dembelé. Tem pouca confiança porque é a estrela do Brasil e do Liverpool e no Barça não é estrela, fica sem o protagonismo e isso lhe desanima. Tem que assumir que joga com jogadores melhores que ele e deve melhorar, mas o Barcelona tem de assumir que o Coutinho não é um Neymar. É um grande jogador, mas geraram expectativas demasiado altas e ele não foi capaz de justificá-las”, avaliou Tostão.
Em relação a outro brasileiro do plantel, o meio-campista Arthur, esse foi bem elogiado pelo maior artilheiro da história do Cruzeiro. Porém, sem deixar de fazer o adendo de que, mesmo com todo o potencial de crescimento já apresentado, ele entende que o atleta sul-americano jamais conseguirá chegar ao nível do espanhol Xavi, hoje no Al-Sadd (Catar):
“É um jogador especial, parecido com o Xavi pelo estilo de jogo e o domínio de bola. Creio que pode jogar ainda melhor, ter mais presença à frente, dar passes para gol. Será um grande jogador, mas não chegará ao nível do Xavi, que está entre os cinco melhores meio-campistas da história.”