Em entrevista, Marcos Braz comenta briga com torcedor

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Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

No início da tarde desta quinta-feira (21), o Vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz, concedeu entrevista no CT Ninho do Urubu onde falou sobre a briga com um torcedor no Barrashopping, situado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

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De acordo com a versão do dirigente flamenguista, o ‘gatilho’ para a sua reação foi o fato de que, depois de ser ofendido por um grupo ‘de dois ou três pessoas’ enquanto estava sozinho, os xingamentos seguiram no momento em que sua filha chegou ao local. Sendo ela, inclusive, alvo de uma das ofensas.

“Quando eu estava dentro da loja, dois ou três homens e mais algumas pessoas no fundo começaram a questionar, começaram a fazer cobranças, e aconteceram vários eventos. Nesse momento, que durou alguns minutos, não abri a minha boca. Depois minha filha chega junto com duas amigas, e eu ainda comentei com a pessoa ao lado: ‘Graças a Deus não estavam aqui’. Elas ficam em frente à loja um pouquinho à direita. E aí chega o rapaz que deu problema. Ele chega e começam as ameaças. Aí vem o cara, e eu falo: ‘Minha filha está aqui do lado’. E ele falando, falando, falando. A filha via o pai sendo ameaçado de morte, fui na direção dele e falei sistematicamente que a minha filha estava ali”, disse o dirigente, agregando:

“A última frase dele foi “Foda-se a sua filha”. O final vocês viram. Eu tenho o problema lá. Os fatos foram postados rapidamente. Parece que fizeram a conta: 40 segundos. Eu saio passando a mão no nariz e procurando a minha filha. Qual foi meu cálculo rápido? Eu não vou para o meu carro porque não tenho segurança e o carro não estava perto.”

Marcos Braz ainda agregou que não se sente arrependido de sua atitude por se enxergar como uma “vítima” da situação onde precisou comparecer a 16a DP, na Barra da Tijuca. Além disso, ele entende que o ocorrido em nada reflete uma possível incapacidade de lidar com pressão e cobranças diante do cargo gerencial que ocupa no Flamengo.

“Isso foi covardia, mas eu não vou me ajoelhar. Não sou valente nem nada, mas não vou me ajoelhar. Sou vítima, mas vou até o final dessa história. Eu estando no Flamengo ou no cargo, sendo vereador ou assumindo cargo de deputado federal. Isso aqui não tem fim”, assegurou.

“Queria deixar claro que quando eu aceitei o cargo de vice-presidente do Flamengo, até por ser criado dentro da Gávea e desse ambiente, eu tinha noção clara do que é ser VP de futebol. Eu sei da pressão, dos questionamentos e das situações políticas. Eu sou preparado para estar no cargo. Mas, para o que aconteceu, eu não me preparei. Para ser ameaçado do lado da minha filha e ela sendo ameaçada também verbalmente, in loco. Peço desculpas pelo transtorno que causei, não para ele (torcedor). Peço desculpas a pares da diretoria e à torcida do Flamengo. Não foi dessa vez, mas vai ter uma tragédia no futebol. Uma hora vai ter”, concluiu.

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