Em entrevista, Felipão alfineta Tite, analisa carreira e comenta sobre idolatria no Palmeiras e Grêmio

Em entrevista ao canal ESPN Brasil, o técnico Luiz Felipe Scolari abriu o jogo sobre a carreira. No bate-papo, o ex-comandante da Seleção Brasileira e atualmente desempregado, comentou sobre a passagem pela China, relação com Palmeiras e Grêmio e deu a entender que está no aguardo de uma proposta para comandar a Austrália, na Copa do Mundo da Rússia.

No momento mais polêmico da entrevista, Felipão alfinetou Tite que, em sua biografia, insinuou que Scolari teria entregado uma partida quando ainda dirigia o Palmeiras diante do Fluminense. Com a derrota do Verdão, o Tricolor carioca arrancou para o título e prejudicou o Corinthians, que lutava diretamente pela taça.

“Esta palavra (gratidão) não existe mais. Você acha isso correto de quem conhece há 30 anos, de quem te abriu todas as portas? Quem te deu a oportunidade de ser jogador do Caxias, de começar na carreira e arranjar lugares fora do Brasil para trabalhar? Essa é a gratidão?”

Confira abaixo alguns trechos da conversa que foi ao ar na madrugada desta quarta-feira:

Alemanha 7 x 1 Brasil

“Garanto que nenhum atleta tenha uma explicação. O que podemos dizer é que tudo deu certo para um time e nada para o outro. Nós estudamos o adversário e o que dizem que não olhamos a Alemanha jogar é mentira. Isso não existe. Muitos se apegam ao Bernard, mas apostei nele no momento e não aconteceu. Não tem uma explicação lógica para algumas coisas na vida”.

Assistiu o VT do jogo

“Eu assisti a partida apenas uma vez. Estava com o meu amigo e acompanhei quase o jogo todo. Não me interesso em assistir novamente”.

Sucesso na China

“Eu trabalhei em uma equipe muito organizada. Não precisava indicar contratação, pois quem fazia isso era o meu diretor de futebol, que tinha total conhecimento do assunto. Todo mundo diz que é fácil trabalhar e ganhar na China, mas essa temporada tivemos nove treinadores europeus. O que aconteceu é que consegui me envolver muito bem com eles (chineses) e o trabalho fluiu”.

Seleção da Austrália

“Alguns empresários me ligaram e ofereceram o cargo. Eu deixei claro que só converso quando a Federação Australiana apresentar uma proposta oficial. Se isso não acontecer, não posso fazer nada”.

Neymar

“Hoje em dia ele está mais participativo na Seleção Brasileira. Ele é ousado, abusado e comete alguns exageros, porém é preferível que ele cometa seus erros a ficar quieto no canto dele. Acho que no máximo em dois anos o Neymar pode disputar o prêmio de melhor do mundo. Tem potencial”.

Grêmio

“Em 2014 fui convidado pelo Fábio Koff para treinar o Grêmio e ajudar na reconstrução. Começamos o ano com 15 jogadores das categorias de base e alguns deles renderam frutos técnicos e financeiros para o clube, como, por exemplo, Pedro Rocha, Wallace e outros tantos. É claro que com o tempo o projeto evoluiu e hoje o Renato faz um excelente trabalho”;

Palmeiras

“Fui campeão no Palmeiras com Betinho, Mazinho, Fernandinho e um monte de jogador emprestado do Oeste e São Caetano. Na minha última passagem tive que tomar alguns cuidados porque a coisa não era muito boa. Hoje está uma maravilha e brinco com o Paulo Nobre que está mais fácil de trabalhar com o dinheiro. Ele dá muita risada”.

Idolatria nos Clubes

Em todos os lugares que eu encontro torcedores do Grêmio e Palmeiras sou muito bem tratado. Eles me pedem para tirar foto, lembram de algumas histórias e dou risada.

Melhores jogadores que trabalhou

“Chique Arce, César Sampaio e Cristiano Ronaldo”

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