Após a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, pedir a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 em virtude dos atos racistas contra Luighi, o ex-jogador paraguaio José Luis Chilavert se posicionou de maneira frontalmente contrária.
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Em entrevista dada para o programa La Gran Jugada, da rádio paraguaia RockandPop, o ex-arqueiro foi taxativo ao dizer que, antes de qualquer pedido, a mandatária palmeirense deveria dar o exemplo.
Na sua explanação, Chilavert chega a afirmar que os brasileiros “são os primeiros racistas e que discriminam”. Desse modo, ele entende que Leila Pereira não teria direito de fazer acusações ou exigências nesse sentido.
“Queria dizer a presidente do Palmeiras de que o exemplo deve vir do Brasil. São os que primeiro são racistas e que discriminam. Convido a perguntar a todos os estrangeiros quando vão ao Brasil. Os brasileiros podem te atacar, agredir e você não pode respondê-los. Se vitimizam”, disparou a polêmica figura de passagem marcante pela seleção do Paraguai.
Apesar das palavras em tom de confronto por parte de Chilavert, a postura do Cerro Porteño, diretamente envolvido no caso, se mostrou bem distinta. Não por acaso, o presidente do clube, Juan José Zapag, enviou uma carta endereçada a mandatária do Palmeiras em tom de pedido de desculpas.
Além disso, Zapag elenca as ações tomadas pelo clube da capital paraguaia em forma de punição aos envolvidos. Como, por exemplo, auxiliar no processo de identificação e garantir que ele será excluído da possibilidade de comparecer a qualquer evento esportivo no país.