Depois de duas vitórias em dois jogos realizados na Copa América Feminina, a Seleção Brasileira já dá mostras de que o futuro pode ser tão promissor quanto o passado. Mesmo sem a rainha Marta, que se recupera de lesão, e lendas como Cristiane e Formiga, que já não têm sido mais convocadas, a técnica Pia Sundhage apresenta uma nova safra que deve empolgar o torcedor brasileiro.
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O cartão de visitas dessa nova geração veio logo na estreia do torneio continental. Diante da arquirrival, a Argentina, o Brasil colocou à prova nada menos que 18 atletas que nunca haviam disputado o sul-americano, além de 11 com menos de 25 anos de idade. O resultado? Uma sonora goleada por 4 a 0. Depois disso, na última terça-feira (12), a equipe demonstrou paciência e eficiência para bater o Uruguai em nova goleada, dessa vez por 3 a 0.
“É uma felicidade muito grande ver essa renovação se consolidando. Confesso que não é uma surpresa pra mim, pois lido diretamente com competições de futebol feminino e já era notório, há algum tempo, que novos talentos estavam surgindo. Isso é muito importante para o nosso país, pois temos um caminho incrível que já foi desbravado por Marta, Cristiane, Formiga e tantas outras que precisa de uma continuidade à altura”, disse Fábio Wolff, sócio da Wolff Sports e um dos organizadores do Brasil Ladies Cup, importante torneio do calendário do futebol feminino brasileiro.
Visando o ciclo que leva até os jogos olímpicos de Paris 2026 (a Copa América dá vagas na competição), Renê Salviano, CEO da agência de marketing esportivo Heatmap e com vasta experiência no mercado, chama a atenção para a relação do torcedor brasileiro com essa nova geração. Para ele, o surgimento de novos nomes, aliado ao bom desempenho, tem tudo para fortalecer o futebol feminino de uma forma geral. Inclusive, quando o assunto é a conexão com a torcida.
“A Seleção Feminina, por toda a trajetória de superação que nossas meninas sempre demonstraram, com certeza conta com o carinho do torcedor brasileiro. Não tenho dúvidas de que o surgimento de uma nova geração vitoriosa e talentosa pode fazer essa conexão se estreitar ainda mais. De uma forma geral, termos novos nomes surgindo, e vencendo, com certeza será um fator que poderá impulsionar o futebol feminino como um todo”, analisou.
Outro dado interessante sobre as convocadas que representam o Brasil na Copa América fala sobre a força das competições e clubes brasileiros. Ao todo, 12 das 23 convocadas atuam no país. Vale lembrar que, apesar da ausência de Marta, a Seleção Brasileira disputa o torneio sul-americano com força máxima e lidando com o retrospecto de ter vencido sete das oito edições já realizadas.
Para formar novos pilares visando os próximos anos, a técnica Pia Sundhage aposta em ter consigo referências importantes. São os casos da lateral Tamires (Corinthians), da zagueira Rafaelle (Arsenal) e da atacante Debinha (North Carolina Courage). Como apostas para o futuro, a goleira Lorena (Grêmio) e as atacantes Geyse (Barcelona) e Kerolin (North Carolina Courage) são as figuras de maior destaque.
O próximo desafio da Amarelinha ocorre na próxima segunda-feira (18), contra a Venezuela, às 18h (de Brasília).