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Efeito Copa: o panorama do futebol feminino na América do Sul

Foto: Divulgação

É nítido que a população brasileira está mais interessada em futebol feminino após a Copa do Mundo deste ano, realizada na França. O Campeonato Brasileiro feminino também está se beneficiando com esse movimento e vem batendo recordes de audiência.

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Fortalecer os campeonatos nacionais é uma das lutas mais importantes para consolidar o futebol feminino, por mexer nas paixões locais dos torcedores, estimulando rivalidades e aumentando o interesse do público. Clubes tradicionais no masculino estão criando equipes femininas e colaborando para destacar as competições.

A Copa Libertadores da América feminina

Nada melhor para estimular os campeonatos nacionais do que uma grande competição continental. Neste ano, pela primeira vez a Libertadores Feminina contará com 16 equipes. Até ano passado eram apenas 12: o time campeão de cada um dos dez países, o atual campeão da Libertadores e um convidado do país-sede.

Além de aumentar o número de equipes, a Conmebol elevou a premiação da competição: as campeãs levarão para casa 85 mil dólares – valor que ainda é 141 vezes menor do que o que é pago ao campeão do torneio masculino. Para Ana Santos, editora do portal UNIVERSODELAS, esse número mostra como a igualdade de gêneros ainda é um sonho muito distante no futebol.

A Libertadores é realizada desde 2009 e por sete vezes teve uma equipe brasileira como campeã. Times de Paraguai, Colômbia e Chile venceram uma edição cada. A última edição foi vencida pelas colombianas do Atlético Huila, que após o título levantaram suspeitas de que o dinheiro da premiação iria para a equipe masculina. Para a edição de 2019 o único classificado brasileiro definido até o momento é o Corinthians, campeão brasileiro. A competição começa dia 11 de outubro.

Os campeonatos nacionais pelo continente

Na Argentina, a liga feminina foi profissionalizada apenas este ano, como parte dos planos da AFA (Federação Argentina de Futebol) de promover a igualdade de gêneros no futebol. Grandes clubes se mobilizaram e também profissionalizaram o futebol feminino: Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo e UAI Urquiza, atual campeão nacional e classificado para a Libertadores. A AFA estabeleceu como regra que os clubes profissionais devem pagar pelo menos oito salários mínimos para as atletas.

A Colômbia possui liga profissional desde 2016, e já colhe os frutos, vide o título da última Libertadores e a medalha de ouro no Pan de Lima. O Paraguai também está bem desenvolvido, oferecendo cursos para formação de treinadores para o futebol feminino e com um campeonato que existe desde 1999.

No Uruguai também é recente o interesse dos clubes tradicionais na modalidade. O Peñarol conquistou os últimos dois títulos, mas quem domina o campeonato que acontece desde 1997 é o Rampla Juniors, que venceu nove vezes. No Chile o campeonato é realizado desde 2008 e é dominado pelo Colo-Colo.

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