Distância do Palmeiras para rivais fica evidente no Paulistão 2023

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Foto: César Greco/Palmeiras

*Por Agência Conversion

Pela primeira vez desde 1985, somente um dos quatro grandes clubes do estado de São Paulo chegou à semifinal do Paulistão. Naquela ocasião, o São Paulo, treinado por Cilinho, deu show no campeonato embalado pelos “Menudos do Morumbi”, como eram chamados alguns craques daquele time, como Gilmar Rinaldi, Oscar, Dario Pereyra, Falcão, Silas, Müller e Careca. Em 2023, a bola da vez é o Palmeiras.

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A situação dos grandes clubes no Paulistão atual é um retrato da disparidade cada vez maior entre o Verdão e seus rivais. Enquanto o Alviverde conquistou 11 títulos desde 2015, o Corinthians foi campeão pela última vez em 2019, o Santos em 2016 e o São Paulo em 2021, quando venceu o Paulistão e levantou sua única taça dos últimos 10 anos. A vantagem do Palmeiras é explicada dentro e fora de campo.

Disparidade financeira

Após passar 2013 e 2014 em reestruturação financeira, sob a gestão do ex-presidente Paulo Nobre, o Palmeiras elevou seu faturamento e reduziu sua dívida, aumentando sua capacidade de trazer profissionais de alto nível. Para este ano, o Verdão prevê mais de R$ 700 milhões de orçamento e R$ 14 milhões de superávit. Ao mesmo tempo, os rivais estão há anos tentando equacionar as contas, sem muito sucesso.

Apesar de prever R$ 821,7 milhões de orçamento para 2023, o Corinthians possui R$ 945 milhões em dívidas, cerca de R$ 400 milhões a mais que o Palmeiras. Por sua vez, o elenco do São Paulo tem sofrido com atrasos salariais, tendo em vista a dívida de mais de R$ 600 milhões, valor próximo à arrecadação do clube no último ano. Bastante abaixo, o Santos prevê uma receita de apenas R$ 329 milhões para a atual temporada.

Dinheiro = qualidade

A saúde financeira de um clube é primordial para bons resultados. Ela permite a contratação dos melhores jogadores, treinadores e profissionais como um todo. Além disso, um clube financeiramente estável tem menor necessidade de vender seus principais atletas. Uma das grandes promessas do futebol brasileiro, o volante Danilo permaneceu por três temporadas no Palmeiras até ser vendido para o Nottingham Forest.

O Santos é o exemplo oposto. O time vice-campeão da Libertadores em 2020 foi desfeito em menos de um ano com as vendas de Lucas Veríssimo, Luan Peres, Alison, Pituca, Marinho, Soteldo e Kaio Jorge. Campeão brasileiro em 2017, o Corinthians viu seus principais atletas, como Balbuena, Guilherme Arana, Maycon, Rodriguinho e Jô, irem embora no ano seguinte.

Importância da estrutura

Ademais, o dinheiro pode ser investido em estrutura e logística. Por isso, o Palmeiras tem um centro de treinamentos de excelência, com equipamentos de última geração para colocar os atletas no ápice do condicionamento físico.

Em adição à parte mecânica, profissionais gabaritados são muito importantes dentro do organograma de uma equipe esportiva de alto rendimento. E eles, claro, são mais caros. O staff nos bastidores das equipes é imprescindível para que os processos internos funcionem corretamente e os atletas se preocupem apenas em jogar.

O mais interessante é que qualquer apaixonado por futebol pode fazer parte do dia a dia de um clube, desde que seja qualificado o bastante na sua área de atuação. Com uma boa faculdade de psicologia, por exemplo, você pode atuar como psicólogo no seu clube do coração.

A saúde financeira do clube também permite ao Palmeiras e a outros clubes estáveis viajarem apenas em voos fretados, reduzindo o desgaste das viagens, as esperas em aeroportos e acelerando a recuperação física e mental dos jogadores entre uma partida e outra.

Apesar de todas essas boas notícias, a equipe dirigida por Abel Ferreira vem de duas derrotas e precisa se recuperar imediatamente se quiser adicionar mais uma conquista de Campeonato Paulista a sua galeria. O Verdão faz o segundo jogo da final contra o Água Santa, no próximo domingo (9), às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. No jogo de ida, o Netuno venceu por 2 a 1 ao mandar o confronto na Arena Barueri.

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