Um dos pontos mais icônicos na classificação da Argentina na semifinal da Copa América contra a Colômbia foi a atuação do goleiro Emiliano Martínez e seu comportamento de “provocar” os batedores que foi encarado de formas diferentes por analistas após o confronto.
Leia mais: Em jogo dramático, Colômbia vira, vence Peru e garante 3º lugar da Copa América
Atacante Lapadula ganha novos interessados em seu futebol
Em entrevista coletiva na prévia da decisão contra o Brasil, Dibu Martínez disse que não se importa muito com possíveis críticas feitas a sua forma de encarar a situação porque, na verdade, a falta de público (e a consequente maior captação de áudio interno do gramado) está somente expondo algo que sempre existiu.
“Na verdade, é indiferente. No futebol se dizem muitas coisas, dentro e fora de campo. É uma partida de futebol, essas coisas ficam em campo. Eu estou concentrado em ajudar os defensores. Não vou pensar se me escutam ou não. Se escuta tudo hoje em dia. Sempre joguei igual, agora se escutam coisas que antes não escutavam. É normal no futebol”, afirmou.
Sobre a questão de análise dos batedores, o jogador de 28 anos de idade frisou que existe um estudo prévio aos confrontos, mas também há uma dose de intuição no momento de se posicionar para defender a cobrança:
“Há muitos que estudam ou olham ou se concentram em seus passos. Fizemos de tudo, estudamos o rival com os goleiros e o treinador de goleiros, não nos baseamos só nisso. Nos diziam. ‘Na hora, quem escolhe é vocês’. Eu decidi estudar o rival e como se posicionavam. Eu sabia que eles gostavam de olhar, tive que esperar até o final. Foi só tomar um bom impulso. Foi a minha noite.”
Como não poderia deixar de ser, Dibu Martínez também falou sobre a experiência de enfrentar a Seleção Brasileira no compromisso deste sábado (10) às 21h (de Brasília) e como lidou com a chance de ser titular na equipe de Lionel Scaloni bem como a necessidade de ficar distante do nascimento da primeira filha:
“Isto (jogar pela Argentina) é algo que sonhei, desde pequeno. Desde o primeiro dia, colocar a camiseta da Seleção, não foi uma pressão, mas sim algo que Deus me deu, eu mereci. Sabia que ia perder o nascimento da minha filha e isso me fez mais forte mentalmente. Eu trabalho com meu psicólogo, tenho gente a minha volta. Nunca tomei como uma pressão. Aqui me ajudaram, especialmente o capitão (Messi) a estar 100%. Estou desfrutando, vou dormir como um bebê, vou desfrutar 90 minutos ou 120.”