Quem olha unicamente para o retrospecto, pode ter uma falsa sensação de segurança e confiabilidade no trabalho de Martín Demichelis como técnico do River Plate. Ao longo de 80 partidas, são somente 15 reveses e três títulos no banco de reservas entre Campeonato Argentino, Troféu dos Campeões e Supercopa Argentina.
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Todavia, quando se analisa o ambiente no trabalho do treinador que é cria do clube de Buenos Aires, o panorama é bem distinto. Seja nas críticas vinda das arquibancadas como também no impacto dos reveses que ressoam desde a eliminação contra o Boca Juniors, pela Copa da Liga.
É bem verdade que, há algumas semanas, o Millonario garantiu sua vaga nas oitavas da Libertadores e também no Mundial de Clubes em 2025. Algo que, naturalmente, tinha potencial para amenizar a forte cobrança por melhor desempenho, especialmente, quando atua na condição de visitante. Porém, bastou uma sequência recente de resultados ruins para as dúvidas sobre sua real capacidade de gerir o atual elenco ganharem corpo novamente. Os resultados em questão foram a queda na Copa Argentina para o Temperley, nos pênaltis, e a derrota para o Argentinos Juniors, no último sábado (25).
Sabor amargo
O contexto do jogo contra o Bicho, aliás, trazia um sentimento especial para os riveristas por conta do aniversário de 123 anos de existência do clube. Todavia, o que se viu foram os problemas criativos ficarem explícitos na estatística onde só deu um chute na direção do gol ao longo de todo o confronto.
A diretoria do River Plate também passa por um conceito de insatisfação entre os fãs. Principalmente, diante das saídas de Enzo Pérez (Estudiantes) e Nicolás de la Cruz (Flamengo) que não foram repostas. Entretanto, a maior parte dos apontamentos está concentrado em Demichelis e deixa o clima tenso para o meio de semana, na Libertadores. No Grupo H, o Millonario tem 13 pontos e, com três a mais que o vice-líder, Nacional, joga somente para confirmar sua liderança diante do Deportivo Táchira, na quinta-feira (30), às 21h (de Brasília).