De Alagoas a Champions League: a história do atacante Café

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Foto: Divulgação/Assessoria

Jonny Robert do Nascimento Torres (conhecido no mundo do futebol como Café) vive o sonho de todo jogador brasileiro de atuar na Europa. Mas o alagoano, nascido em Murici, não poderia imaginar que, logo em sua primeira temporada no futebol do Velho Continente, ele realizaria outro sonho como atleta profissional de futebol: disputar a Champions League.

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A oportunidade veio após o atacante de 25 anos de idade ser campeão do futebol de Malta com o Hamrum Spartans e ajudar o clube maltês a se encaixar na Primeira Fase Eliminatória da competição de clubes mais badalada do planeta. E pensar que, há 10 anos, o atacante estava em Murici quando iniciou em um projeto de futebol que o levou a voos maiores dentro do futebol alagoano.

“O projeto era de um treinador, que depois assumiu o Murici, e existe até hoje. Comecei no sub-15 e fui até o sub-17. Depois, passei a integrar o sub-20 do Murici. Fui para o Coruripe, Zumbi, Cruzeiro de Alagoas e também tive passagens no Central-PE, XV de Jaú e no Tocantins”, explicou o atacante.

As voltas que ‘a bola’ dá

A ida do atacante alagoano à Europa foi cercada de dúvidas. Isso porque, quando surgiu a oportunidade, a busca era por um atleta que já tivesse maior experiência nas principais divisões do futebol brasileiro como conta o atacante:

“Fui indicado a jogar na Europa, mas eles queriam um atleta que tivesse jogado Série A ou Série B, e eu ainda não tinha essa experiência. O empresário até disse que eles não iriam aprovar, mas que mandaria o meu material mesmo assim. Depois, tive a resposta que o material foi aprovado pelos diretores de Malta. Minha chegada na Europa foi de muita expectativa, nunca havia jogado fora do Brasil.”

Mudanças sempre geram dúvidas e deixar a terra natal, a família e os amigos é sempre difícil. Mas Café passou por cima da saudade com a esperança de fazer dar certo o novo destino. Adaptou-se rapidamente ao futebol e a vida no pequeno país europeu.

“Passei a gostar do futebol maltês, é muito bom jogar aqui. A minha adaptação foi normal, tranquila, pois o clima é igual onde eu morava, bastante quente. A qualidade de vida é muito boa, não é um país caro e não tem violência”, comentou o alagoano.

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Foto: Divulgação/Assessoria

Título maltês e o “sonho da Liga”

O único representante de Malta na Champions League ainda não tem adversário definido, mas poderá enfrentar equipes tradicionais como Maccabi Haifa (Israel), Qarabag (Azerbaijão), Ferencváros (Hungria), BATE Borisov (Bielorrúsia) ou Panathinaikos (Grécia). Entretanto, isso em nada abala Café, já que o mesmo prefere foca no caráter de importância que tiveram os feitos de 2022/2023:

“Fico sem palavras, já imaginava que seria um ano incrível, mas não desta forma. Deus é maravilhoso na minha vida. A Liga dos Campeões ainda não caiu a ficha, estou sem acreditar, será minha primeira vez.”

Tratamento diferente aos brasileiros?

Mesmo sem levantar a taça há mais de 20 anos, o futebol pentacampeão do mundo segue encantando os europeus que, ininterruptamente, vem ao território brasileiro em busca de talentos. Pensando nisso, Café comenta sobre este tratamento diferente aos brasileiros e do respeito que se tem pelo futebol do Brasil:

“O tratamento é diferenciado, é mais valorizado, as pessoas veem com outros olhos. É super diferente. Não sei em outro lugar, mas aqui em Malta tratam os brasileiros como se fossem da família.”

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