Dalma Maradona faz longo relato sobre luta do pai contra o vício

reviravolta-maradona-afirma-que-seguira-no-comando-do-gimnasia-Futebol-Latino-21-11
Foto: Divulgação/Gimnasia La Plata

Filha mais velha de Diego Armando Maradona, a atriz Dalma Maradona concedeu uma tão emocionante quando impactante entrevista para a Crónica TV onde o tema foi a luta de seu pai contra a dependência química de Don Diego. A entrevista faz parte de uma série produzida pelo canal que fala sobre pessoas com problemas semelhantes que leva o nome de Seres Libres e está na sua terceira temporada.

Leia mais: Confira o calendário com os principais jogos da Data FIFA na América
Como está o Ranking da Conmebol sobre clubes na Libertadores

Em alguns momento, Dalma se emocionou em falar abertamente de episódios onde ainda era muito pequena, mas já estava exposta ao problema que colaborou com a saúde debilitada do ídolo argentino, especialmente, nos últimos anos de vida.

“Um caso que ele conta é que uma vez ele estava no banheiro, consumindo, e eu tinha três ou quatro anos, e fiquei batendo na porta até que ele deixasse tudo para sair e falar comigo. Ele me dizia: ‘você me salvava desta maneira’. Sem saber o que ele estava fazendo, até que ele não falasse comigo ou não saía dali.”

“Outra que lembro foi uma campanha contra as drogas, em que ele falava de quando começou a consumir e como era a sua vida com a droga. Eu era muito pequena, tinha seis ou sete anos, perguntei aos meus pais se eu podia ver a entrevista, minha mãe disse que não, que não era para mim, e meu pai disse que sim, que iria sair em todos os lugares, que ela poderia ler, e se era assim, eu poderia perfeitamente estar com ele ali”, detalhou.

reviravolta-maradona-afirma-que-seguira-no-comando-do-gimnasia-Futebol-Latino-21-11
Foto: Divulgação/Gimnasia La Plata

Dalma ainda apontou que, em toda a sua vida, carregou uma mistura de julgamento e proteção onde, fazendo uma reflexão, entender ter ‘pesado a mão’ em determinados momentos:

“Eu o critiquei mais que o necessário, me dei conta fazendo a minha peça de teatro. Não me lembro de nenhuma vez que ele não foi a um aniversário meu, por exemplo. Ele me dizia: ‘Dalma é a que me acomoda, a que me xinga, ela me olha e sei que preciso estar bem’. Sinto muitas vezes que foi este meu papel com ele. Senti que eu o defendi muito, mas não sinto como uma carga, para nada. Sigo fazendo isso. Com seus erros e suas falhas, a cada dia o admiro mais. Que ninguém venha criticá-lo. Quando ele esteve internado e disseram que ele estava morto, eu tinha 15 anos e disse que era mentira. Aí, assumi um papel e disse a ele que Gianinna precisava dele.”

No trecho final da entrevista, Dalma Maradona garante que não alimenta qualquer arrependimento e também reforça sua crença de que, apesar da imensa dificuldade, é possível obter a sobriedade:

“Nunca trocaria de pai, mesmo com tudo o que me implicou ser sua filha. Não acho que ele mudaria alguma coisa em ser quem foi, as coisas que aconteceram, inclusive a droga, sabendo que pode se sair, com muito amor e esforço, de verdade, eu o vi lutar com tudo o que tinha. Se há uma criança de seis, sete, oito anos, batendo na porta de um banheiro, com seu pai aí dentro, eu diria a ela: ‘Fique aí e bata na porta porque isso que você está fazendo serve para ajudá-lo, para melhorá-lo. Se você pode ajudar a outra pessoa, faça isso, como tentei fazer.”

Dicas de Apostas Esportivas & Palpites do Brasil e do mundo é no Aposta 10!

error: Futebol Latino 2023