Quando se fala em futebol europeu, é natural pensar nas competições mais badaladas e financeiramente turbinadas do planeta como, por exemplo, LALIGA, Premier League ou mesmo a Liga dos Campeões da Europa. Entretanto, é preciso olhar também para o chamado ‘Lado B’ do Velho Continente onde jogadores como o brasileiro Kaio Marques dão seus primeiros passos fora do país.
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Natural da cidade de São Paulo, Kaio vive uma curiosa situação no aspecto geográfico. Isso porque, antes morador do bairro de Ermelino Matarazzo, Zona Leste da capital paulista, ele hoje busca espaço em um clube do Leste Europeu. Mais especificamente, o Energia Kozienice (Polônia).
Apesar da equipe estar em situação onde tenta subir para a quarta divisão nacional, ele garante que o aspecto estrutural não é problema. Seja na questão física como também nos trabalhos táticos. Algo que levou o atleta de 21 anos, inclusive, a mudar de posição em campo:
“Cheguei em janeiro de 2023, fiz minha primeira temporada aqui. Na metade desta primeira temporada fui bem. Cheguei como volante, mas me achei como zagueiro. Em 14 jogos disputados do campeonato, fiz cinco gols e também tenho duas assistências. O Energia está em 3º do Grupo 2 da competição, aqui sobem quatro, duas equipes de cada grupo, portanto, estamos na briga pelo acesso.”
“A estrutura do clube é ótima. Aqui temos 3 campos de treinamento, um deles sendo uma bolha para treinos no inverno por conta da neve. Temos sauna, piscina, academia. O clube já foi da Segunda Liga aqui na Polônia, então tem uma boa estrutura”, acrescentou.
Se adaptar para evoluir
Kaio Marques reconhece que o processo de adaptação não é simples. Clima, culinária e idioma são pontos que afetaram (e ainda afetam) no desenvolvimento do trabalho e de ‘fincar’ raízes em solo polonês. Entretanto, nada que o faça desviar do objetivo de ajudar o Energia em seu objetivo e, consequentemente, alcançar a evolução profissional na Europa:
“Tenho mais uma temporada de contrato com o Energia. Quero conquistar o acesso com a equipe, crescer profissionalmente e ver o que acontece com meu futuro. Estou só aqui, mas minha relação com a família é muito boa, sempre me apoiaram. A parte mais difícil é essa distância, é muito tempo sem ver a família, datas comemorativas sempre estamos longe. Essa parte é realmente muito difícil.”