Entrevistado pela Rádio Grenal, o empresário de Luiz Felipe Scolari, Jorge Machado, não poupou críticas a situação do Cruzeiro, clube o qual seu agenciado trabalhou no Brasil antes de construir sua passagem mais recente pelo Grêmio.
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Segundo as afirmações do empresário, a situação do clube atingiu um nível tão crítico que gastos básicos como alimentação e passagens para a delegação viajar chegaram a ser custeadas por Felipão.
Além disso, Jorge Machado também pontuou que não apenas a parte do futebol (comissão técnica e atletas) sofreram com os seguidos atrasos salariais, mas também os mais diversos setores do Cruzeiro. Ao ponto de Scolari, ouvindo a situação de pessoas com vencimentos muito menores do que os jogadores, chegou também a colaborar financeiramente com elas.
“O Cruzeiro está totalmente quebrado, não tenho nenhum receio de falar, eles não cumpriram nada, mentiram, foi uma diretoria mentirosa, falaram que bancariam o Felipão e a situação do plantel, mas o clube ficou com salários atrasados, falta de pagamento de funcionários, teve época que o Felipão teve que entregar do próprio bolso para pagar passagens para os jogadores viajarem. Salários atrasados, dificuldade financeira, falta de contratação porque impediram o Cruzeiro por falta de pagamentos pelos processos na Fifa. Para você ter uma ideia, chegou a ter falta de alimentação na concentração. Até funcionários do clube, cortadores de grama, cozinheiros, todos reclamavam com Felipão sobre salários atrasados, dificuldades que estavam na família,recebendo a ajuda do Felipão”, disse o empresário.
Machado também pontuou que o atual presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, não é um dos maiores culpados pelas condições atuais da equipe mineira e ressaltou que Felipão decidiu por deixar o clube assim que sentiu ter cumprido a missão de se livrar do risco de queda para a Série C, objetivo inicial de seu trabalho:
“Quando ele livrou o Cruzeiro da Terceira Divisão, ele foi chamado para fazer um planejamento para o outro ano, e o Felipão pediu o boné e saiu. (…) O objetivo era livrar o Cruzeiro no primeiro ano, que o time estava horroroso, fez uma campanha para chegar ao G4 e, no segundo ano, subir. Como ele conseguiu escapar da Terceira Divisão muito antes do tempo previsto, as cobranças começaram a vir.”