A menina dos olhos. A cereja do bolo. A desejada. Clichês? Talvez, mas quem disse que a conquista da Libertadores também não é? Ou, por acaso e miraculosamente, esse desejo se esvaiu como as chances de tantos outros que, desejosos de fazer parte dos 32 presos a esse objetivo, não conseguiram esse feito?
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Presos parece ser uma palavra exageradamente forte, eu sei. Mas quem disse que esse objetivo também não é? Não seria de tamanha relevância chegar em uma decisão e se libertar de vez das amarras da batalha? De acabar com tensões de uma sequência de lutas ferrenhas pela Copa? De encerrar um ciclo não apenas com chave nem somente com taça, mas uma passagem de ouro rumo aos Emirados Árabes Unidos?
Relacionar os clubes como presos em uma Libertadores soa como trocadilho intencional e infame até certo ponto, compreendo perfeitamente. Mas quem disse que o dissabor de nunca ter ganho alguma vez essa competição também não é? Se aqueles que já levantaram esse caneco estão sedentos por beber novamente dessa fonte inesgotável de sensações, imagine só aqueles que querem experimentar esse néctar dos deuses (do futebol, é claro) e se acostumarem com isso? Ou melhor, não se acostumarem e quererem repetir quantas vezes for possível?
Expressar ideias em uma fórmula repetida, por vezes, instiga a continuidade, não é mesmo? Se é algo que nos agrada, como a tantos já agradou e agraciou essa tal de Libertadores, (quase) tudo nos apetece. Nos interessa. Nos faz querer mais quando tudo que nos foi apresentado é menos do que desejávamos.
Essa semana é, de maneira efetiva, o começo da caminhada para os melhores. Aqueles da alta estirpe da América do Sul. Vindo pelo caminho que lhes foi imposto, com mais ou menos facilidade. Isso, por razões óbvias, quem vai julgar é a bola. As partidas. O mata-mata. O grito final.
E, somente então, conheceremos aquele que, pelo menos até 2019, estará preso ao título de senhor da Libertadores.