Em fevereiro de 2019, esse que vos fala escreveu um texto exaltando o fato de Sergio Aguero ser um verdadeiro animal sedento por grandeza. Não é pra menos, afinal ele empilhou feitos épicos no Manchester City e se tornou referência histórica para uma torcida que viu, na sua figura, um dos maiores símbolos de tempos gloriosos.
Leia mais: Canal especula D’Alessandro em clube sul-americano; confira
Ex-técnico da base do Barcelona é acusado de abuso contra menores
Mas a glória, apesar de constante, não vem sozinha. Existem os momentos de dor, de tristeza, de agonia. São eles que dão um sabor ainda mais intenso a própria glória. E o capítulo mais duro dessa história veio nesta quarta-feira (15) com as palavras que não queríamos ouvir do próprio Aguero:
“Estive nas mãos dos médicos e eles me disseram que era melhor deixar de jogar.”
Sim, aquele garoto com apelido de desenho animado que espantou os espectadores de Avellaneda desde as categorias de base. Aquele jovem que foi para a Espanha e construiu belos capítulos no Atlético de Madrid. Aquele homem que virou ídolo no City. Aquele craque que teve seu brilho também na seleção argentina. Aquela esperança de gols que desembarcou em Barcelona. Tudo isso junto… acabou. Não veremos mais.
E logo quem o forçou a tomar a decisão? O coração. O mesmo coração que tinha dado um “aviso” na sua infância. Aquele que também o carregou nas batalhas mais intensas, diante dos mais variados adversários, nos campos de todo o planeta. Esse mesmo coração, diante do Alavés, em 30 de outubro desse ano, não deu apenas um aviso. Forneceu um ultimato.
Não foi a toa que homenagens após o anúncio da aposentadoria vieram aos montes. Dos clubes que defendeu e até de quem o enfrentou. Pois Aguero é história. História construída com os pés, mas também com o coração. O coração do garoto que sonhou, do jovem que preparou e do homem que realizou.
