É bem verdade que torcedores e simpatizantes da seleção argentina guardam com carinho a edição de 2021 da Copa América, já que a mesma foi vencida pela Albiceleste diante do Brasil, no Maracanã, e também encerrou um longo jejum de conquistas.
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Todavia, no aspecto financeiro, o torneio foi prejudicial para a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) segundo o balanço financeiro publicado pela entidade nesta sexta-feira (1).
Segundo o que foi relatado nos documentos expostos, o prejuízo calculado por conta de fatores como mudança forçada de sede (Argentina e Colômbia abriram mão por conta da pandemia antes do Brasil assumir a responsabilidade), gastos com o novo protocolo sanitário, diminuição da venda de cotas de TV e falta da presença de público, foi de 59 milhões de dólares. Algo que, na cotação atual, equivale a R$ 277 milhões.
Até mesmo o fato de duas seleções que participariam da competição originalmente (Austrália e Qatar) desistirem da empreitada foi prejudicial no aspecto das finanças. Isso porque, com a proposta inicial, a Conmebol teriam maior poder de atratividade para negociar cotas televisivas na Oceania e no Oriente Médio.
Presidente da Federação Colombiana de Futebol e que também é o Presidente da Comissão de Finanças da Conmebol, Ramon Jesurún reconheceu as dificuldades da gestão no período, mas comemorar o prejuízo que foi mitigado pela entidade:
“Sem dúvidas, um dos maiores desafios de 2021 se apresentou com a mudança de sede da Copa América, que foi transferida ao Brasil faltando somente 13 dias para que fosse iniciada a tão esperada competição. A mudança de sede da Copa América gerou custos de US$ 6.7 milhões (R$ 31 milhões), e a ausência de público nos estádios teve um impacto de US$ 49.9 milhões (R$ 234 milhoes) de prejuízo. Além disso, a Conmebol teve de arcar com custos de cumprimento de todos os protocolos sanitários, vacinação e outros, representando mais um déficit de US$ 2,3 milhões (R$ 11 milhões). Apesar disso, conseguimos reduzir este impacto e encerrar o exercício de 2021 com um déficit de US$ 22,7 milhões (R$ 106 milhões), montante que será coberto pelas de reservas de contingências constituídas no exercício de 2019, sempre e quando o Congresso aprovar.”