*Por Marco Aurélio da Silva Júnior
Nascido em Porto União-SC, Vilmar da Cunha Rodrigues, conhecido como Sabiá, iniciou sua carreira profissional no futebol aos 18 anos, no Caxias de Joinville. No Brasil, o atacante teve mais destaque no Juventus de Jaraguá e no Metropolitano, ambos de Santa Catarina.
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Empresariado pela Kuniy & W Sport, Sabiá teve sua primeira experiência profissional no FC Lustenau, da Áustria, em 2006, e permaneceu no clube até 2009.
Em 2010, jogou no FC Vaduz, de Lichtenstein, que junto do FC Balzers, é o clube que mais cede jogadores para a seleção nacional.
“Fiquei um ano no FC Vaduz, uma ótima experiência. É um clube com uma ótima estrutura, na época era patrocinado pela Adidas”, declarou o atacante. “Com eles cheguei a jogar a UEFA. Tinha vezes que não podíamos jogar, pois mais de 9 jogadores da nossa equipe eram chamados para defender a seleção de Lichtenstein. Fui artilheiro da equipe com 11 gols neste ano”, finalizou.
Jogou no Japão entre 2011 e 2015, passando pelo Tochigi, Matsumoto Yamaga e Machida Zelvia. No país do sol nascente, conquistou o acesso para a primeira divisão como o Matsumoto Yamaga, em 2014, e o acesso para a segunda divisão com o Machida Zelvia, em 2015.
Neste ano, o atacante jogou o Catarinense com o Metropolitano, sendo o artilheiro da equipe com oito gols marcados. Após o Metropolitano, foi contratado pelo Rosario FC, clube da segunda divisão da Guatemala, onde está até o momento.
“Vim para jogar a segunda divisão do país. Antes de vir, me falaram que era um time que seria campeão e o objetivo era subir para a Liga Mayor (primeira divisão do país)”, declarou.
“Chegando aqui, foi tudo diferente, outra realidade. Estádios pequenos e ruins, vestiários ruins, jogos fora de casa difíceis de ganhar, pois compram o juiz, viajamos no mesmo dia do jogo em um ônibus que não é apropriado”, falando sobre sua chegada ao país. “Difícil para quem atuou em países com estruturas ótimas”, destacou.
O jogador também destacou que fala isso da segunda divisão do país: “Falaram que a Liga Mayor é melhor, mas não posso falar sobre.”
Sabiá é o artilheiro do Rosario com 6 gols em 12 jogos e, faltando dois jogos para terminar o campeonato, o clube ainda tem chances de se classificar para as finais do campeonato.
Bate-papo com Sabiá:
FL – O que você pensa para a próxima temporada? Voltar para o Brasil, ir para uma nova experiência fora?
Sabiá – “Tenho contrato até maio aqui, mas se aparecer algo no Brasil gostaria de voltar.”
FL – Olhando o elenco do Rosario e o futebol que vem sendo jogado, você está confiante quanto ao título?
Sabiá – “Nosso elenco é bom, muita experiência junto de juventude. Primeiro precisamos classificar entre os quatro, são mais dois jogos e precisamos vencer os dois. Depois de classificados, podemos pensar no título.
FL – Como é a torcida na Guatemala, em comparação ao Brasil?
Sabiá – “A torcida aqui é fria demais, não acompanha muito os jogos. Pelo menos a nossa. É diferente do Brasil.”
FL – Como é o entrosamento do time? Contando que há mais brasileiros no elenco.
Sabiá – “Tem mais dois brasileiros aqui, o que facilita para jogar. Mas um deles está voltando de lesão, então só eu e mais um estamos jogando. Aqui o bom é que dá para entender o que falam, e é mais fácil de aprender, por ser o espanhol.”
Agradecemos o atacante pela atenção e pela entrevista concedida. Também desejamos sorte neste resto de campeonato.