Companheira de Marta nos EUA revela que sofreu preconceito até mesmo dentro de sua família

Foto: Divulgação

A questão do preconceito em relação ao futebol infelizmente não está apenas atrelada a questão racial como em muitas oportunidades pensamos, mas também a questão de gênero quando abordamos a modalidade no aspecto feminino.

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Falando abertamente sobre o assunto em uma entrevista concedida ao jornalista Carlos Ramos do portal ogol, a jovem brasileira Camilinha, jogadora do Orlando Pride, disse que até mesmo dentro da sua família sofreu com esse tipo de situação.

Segundo a atleta, seu tio simplesmente não aceitava a escolha que Camilinha sempre fez de querer se tornar uma jogadora profissional:

“O início foi complicado também porque tinha o preconceito do meu tio, que não aceitava. Meu pai bateu de frente com ele e disse: ‘Não, ela gosta e ela vai jogar futebol’. Essa coisa foi bem complicada. Não entendia muito, não dava ouvidos a ele e fazia o que eu amava.”

Felizmente, a situação mudou radicalmente de figura quando analisamos os tempos atuais já que, segundo a própria meia de 22 anos que tem como companheira de clube a cinco vezes melhor do mundo Marta, a relação com seu tio é das melhores possíveis:

“Enquanto eu fiquei na minha cidade, até os 13 anos, ele (tio) não aceitava. Depois que eu saí de São Bento do Sul ele começou a aceitar e me pediu desculpas pelo que falou. Hoje, ele está muito feliz, tem fotos minhas espalhadas pela casa e tem orgulho em dizer que eu jogo na Seleção, que eu já conquistei várias coisas. Hoje ele fala: ‘Camila, me desculpe pelo que eu falei antes. Hoje, tenho que te aplaudir, porque você foi em busca de seu sonho e conquistou ele’.”.

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