Nas últimas duas semanas, três dos times mais vitoriosos e de maiores torcidas do Brasil trocaram de técnico. O Flamengo demitiu Vítor Pereira e contratou Jorge Sampaoli; o Corinthians tirou Fernando Lázaro do cargo, trouxe Cuca e, depois, Vanderlei Luxemburgo; e o São Paulo, por sua vez, se despediu do ídolo Rogério Ceni para contratar o atual campeão da Libertadores, Dorival Jr. Entretanto, como essas mudanças podem influenciar dentro de campo?
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O futebol é sistêmico, ou seja, os quatro pilares que balizam o desempenho de uma equipe estão conectados: técnico, físico, tático e mental. Quando um desses não funciona, os demais são afetados. Obviamente, para haver uma troca de treinador, algo não ia bem e prejudicava todos os aspectos do desempenho coletivo, culminando em resultados ruins.
No Flamengo, por exemplo, a grande quantidade de jogadores sem atributos físicos para defender bem gerou desequilíbrios na equipe. Ademais, Vítor Pereira não soube se adaptar ao elenco que tinha e não desenvolveu boa relação com os atletas, gerando dificuldades táticas. Com um time mal montado, os jogadores não encontraram um cenário favorável para um bom rendimento técnico e perderam confiança.
O que se espera ao trocar um técnico?
Em geral, Sampaoli, Luxemburgo e Dorival Jr. já mostraram que podem fazer uma equipe melhorar rapidamente. De imediato, espera-se que a troca de técnico eleve a dedicação do elenco, uma vez que todos os atletas precisam provar novamente que merecem a vaga na equipe titular. Além disso, o clima de pressão e angústia gerado nos dias prévios a troca é aliviado pela esperança trazida por um novo comandante.
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A melhora no ambiente, no entanto, tem efeito limitado se não for acompanhada da evolução do desempenho coletivo e, principalmente, dos resultados positivos. Nesse sentido, encontramos o maior risco da troca de treinador em meio a temporada: os jogadores passaram os últimos meses treinando para jogar de determinada forma e, de repente, outro profissional chega fazendo alterações. É um processo complexo.
Os riscos da mudança
Um treinador de futebol precisa incutir comportamentos em sua equipe, ou seja, os onze atletas em campo têm que pensar e executar as ações corretas para cada momento do jogo, tomando decisões rápidas sob pressão e desgaste físico. Como atacar, como defender, o que fazer quando perde a bola, quando a recupera… Até isso se tornar automático, leva tempo e, muitas vezes, esse processo é permeado por tropeços.
Não obstante, existe a mudança de metodologia de trabalho. Cada treinador opta por preparar os treinamentos de uma forma, além de modificar o tipo de preparação física dos jogadores. Essa troca de método pode acarretar lesões, se o clube não tiver profissionais preparados com um bom currículo de enfermagem, educação física ou medicina esportiva.
*Por Agência Conversion