Envolvido nos últimos anos em uma série de problemas financeiros e de organização, o futebol boliviano reserva mais um capítulo escrito fora das quatro linhas onde a paralisação das atividades se torna uma possibilidade cada vez mais próxima.
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Isso porque, depois do ex-vice-presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Robert Blanco, acionar a justiça comum do país tentando retomar um posto na FBF via Amparo Constitucional, a reação de clubes, associações e até mesmo árbitros do país foi radical.
Em movimento de apoio ao atual presidente da Federação Boliviana, Fernando Costa, dez equipes que disputam a elite do futebol nacional (The Strongest, San José, Always Ready, Nacional Potosí, Real Potosí, Aurora, Palmaflor, Independiente Petrolero, Real Tomayapo y Real Santa Cruz), oito associações departamentais e a Associação Boliviana de Árbitros de Futebol (ABAF) propuseram a paralisação total do futebol no país.
Segundo a justificativa apoiada pelos favoráveis a parada, os objetivos principais são de acabar com a “insegurança jurídica e intromissão da justiça ordinária no âmbito esportivo futebolístico” bem como alertar que pretendem “acudir a instâncias esportivas superiores para que essa prática ruim seja condenada e eliminada do âmbito jurídico esportivo”.
Dirigentes da Federação Boliviana de Futebol foram convocados para uma audiência virtual com o Tribunal Departamental de Justiça para saber se o mecanismo jurídico de Robert Blanco será aceito ou não. Algo que pode gerar, dependendo da decisão, punições tanto da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) como da FIFA no que se refere a ingerência da justiça comum em assuntos do âmbito esportivo.