Notícias dos últimos dias dão conta de que o Campeonato Paulista acabou. Clubes estão dispensando treinadores, jogadores e funcionários numa clara demonstração de que não esperam mais a sequência da competição. E isso é profundamente lamentável.
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Um dia o futebol vai voltar. Sem nenhum tipo de precipitação, sem que ninguém corra riscos, sem que as autoridades da saúde sejam contrariadas. Em junho, julho, agosto, setembro, outubro, não se sabe. Mas vai voltar. E, quando voltar, as competições em andamento deverão ser retomadas. Por que não ???
Voltemos ao caso do Paulistão. Faltam seis datas para o término da disputa: duas ainda da primeira fase, um jogo das quartas, um da semifinal e dois da final. Não é nenhum absurdo que essas partidas sejam disputadas antes que comece o Campeonato Brasileiro.
A alegação de quem prega que o campeonato não recomece é de que os clubes pequenos ficarão sem jogadores porque os contratos terminariam agora em abril. Na verdade são apenas três clubes nessa situação, sem calendário para o segundo semestre: Santo André, Água Santa e Internacional de Limeira. Os outros clubes estão em uma das quatro divisões do Brasileiro, devendo, portanto, ter contratos mais longos com os seus profissionais. Também não seria nenhum absurdo que a Federação socorresse financeiramente esses três clubes para prorrogar os vínculos necessários.
A grande verdade é que há pessoas e entidades tentando tirar partido dessa tragédia que assola a humanidade para emplacar teses de mudanças de fórmulas, encerramento precoce e até extinção de competições. Isso não é correto.
O mais sensato é que as pessoas que comandam o futebol tomem as decisões que devem ser tomadas sem paixões, sem olhar cores de camisas, visando, única e exclusivamente, que os prejuízos humanos, desportivos e financeiros sejam minimizados. Interromper competições pura e simplesmente não me parece o caminho mais justo.
Até a próxima. E fiquem em casa.