Coluna de José Calil: por que tanto ódio???

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Foto: David Ramos/Pool/AFP

*Por José Calil

A nota três que o jornal L’Equipe atribuiu à atuação de Neymar na final da Liga dos Campeões da Europa revela que alguns franceses jamais engoliram o fato de um brasileiro ser o jogador de maior sucesso que o país deles já viu de perto. Foi uma avaliação feita com o fígado e por um profissional completamente incompetente. Mas, o pior de tudo, é um absurdo desses encontrar tanta ressonância aqui no Brasil.

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Assim que o árbitro italiano apitou o final da partida, as redes sociais e grupos de WhatsApp foram inundados por manifestações de ódio contra Neymar e de euforia pelo simples fato do time dele ter sido derrotado. E essa reação partiu, fundamentalmente, de brasileiros. Era muita gente torcendo contra.

Neymar foi o melhor em campo e fez a maior partida da vida dele??? Obviamente não. Mas esteve longe de ser o pior ou de merecer uma nota tão baixa. O que aconteceu em Lisboa foi algo absolutamente normal. Um time que venceu todos os jogos na competição e que disputava sua décima primeira final derrotou um estreante em decisões pela contagem mínima. Apenas isso.

Aliás, até o momento do gol, o jogo era equilibrado, com ligeira predominância do PSG. Depois, sim, o time francês se perdeu e os alemães passaram a dominar. Mesmo assim, Neymar não se acomodou e incomodou a defesa adversária até os minutos finais.



E agora, após essa derrota, o que vai acontecer com a carreira de Neymar??? Absolutamente nada. Ele continuará a ser um dos melhores jogadores do mundo e um dos mais valorizados. Quer alguns queiram, quer não.

Para concluir, a única explicação plausível para que haja tanto ódio contra Neymar e, o que é mais lamentável, partindo do país dele, é a frase imortalizada por outro gênio que o Brasil produziu, Antônio Carlos Jobim: “No Brasil, sucesso é ofensa pessoal”.

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