*Por José Calil
Não, não vou falar do treinador do Flamengo. Meu assunto aqui é um menino em quem eu sempre acreditei, desde que era conhecido como Borel, no sub-17 do Palmeiras. Um garoto que chegou muito cedo à Europa, foi injustamente criticado na última Copa do Mundo, mas deu a volta por cima.
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Gabriel Jesus é hoje um cara consolidado no Velho Mundo e na Seleção Brasileira. Atacante rápido, veloz e inteligente, é capaz de se adaptar a várias situações de jogo. Não à toa foi o melhor em campo na grande vitória do City em pleno Bernabéu no último jogo da sua equipe pela Champions antes da parada do futebol por causa da pandemia.
Com mais dois anos de contrato em Manchester, ele tem propostas para mudar de clube na próxima janela de transferências. A melhor delas é da Juventus, a pedido de Sarri. Sair ou não do City é uma resposta que só ele mesmo poderá dar. Uma situação que envolve, inclusive, aspectos da vida pessoal. Por isso mesmo, é difícil para alguém de longe dar uma opinião.
Não creio que possa pesar nessa decisão a punição que o seu atual clube sofreu, estando, por enquanto, até que um recurso seja julgado, impedido de participar das duas próximas edições da Liga dos Campeões. Mesmo porque disputar a Liga Inglesa já é algo de grande importância. E também pelo fato dos donos do City terem muita confiança na reversão desse quadro, tanto assim que eles estão fazendo de tudo para manter Guardiola e os principais jogadores.
Claro que jogar na Juventus seria muito bom. Com Cristiano Ronaldo se colocando cada vez mais centralizado, Gabriel Jesus poderia ajudar a formar um ataque irresistível. Teria concorrência, é verdade. Mas isso ele também tem no City, outra verdadeira constelação.
De qualquer forma, o mais importante é poder acompanhar o amadurecimento de mais um excelente jogador que o Brasil formou para o mundo. No City, na Juventus ou em outro lugar o caminho da consagração está aberto para ele. O moleque que saiu do Jardim Peri, na zona norte de São Paulo, virou realidade. De uma maneira que muita gente não acreditava ser possível.