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Coluna de José Calil: Flamengo refém de Jesus

Foto: Divulgação/Flamengo

*Por José Calil

É lamentável um clube do gigantismo do Flamengo se colocar de joelhos para um treinador de futebol, seja ele quem for. E é exatamente o que está acontecendo na relação da instituição com o técnico Jorge Jesus.

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O primeiro contrato já foi feito errado. Levava em conta o calendário europeu, o que, absolutamente, não interessa a um clube brasileiro. Na renovação feita recentemente, o Flamengo tentou mudar o cenário propondo um vínculo até o final do ano. Jesus não concordou. E mais: exigiu a manutenção de uma cláusula leonina, aquela que prevê liberação automática no caso de uma proposta da Europa. O Flamengo aceitou.

Jesus é um treinador capaz, fez um grande trabalho no Flamengo, ganhou tudo. Mas isso não lhe dá o direito de se colocar acima do clube. Mesmo porque foi o Flamengo quem ofereceu a ele um elenco milionário, o melhor das Américas, com todas as condições de trabalho. E foi a torcida do Flamengo que o pôs nos ombros e o promoveu à condição de herói.




O Flamengo será campeão carioca na quarta-feira, tudo indica. Mas é inegável que caiu de rendimento. Ontem não merecia vencer. Foi inferior ao modesto time do Fluminense. E, embora seja algo que não possa ser provado, são grandes os indícios de que essa queda tem a ver com a instabilidade provocada pela indefinição sobre o futuro do treinador, prestes a aceitar a proposta do Benfica.

Como dizem no interior de São Paulo, ou faz ou desocupa a moita. É isso que a diretoria do Flamengo deveria ter dito ao técnico. E faz tempo. A vida tem que continuar. E o clube é maior do que qualquer pessoa.

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