Com direito a término de um incômodo jejum enfrentando a Argentina em partidas oficiais, a Colômbia começou a Copa América com o pé direito fazendo 2 a 0 na Arena Fonte Nova, gols de Roger Martínez e Duván Zapata. Os outros integrantes do Grupo B, Paraguai e Catar, jogam nesse domingo (16) às 16 h no Maracanã.
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Primeiro tempo
O primeiro lance de maior perigo quase gerou confusão mais intensa nos ânimos do confronto. Aos seis minutos, Luis Muriel acabou levando a pior em uma dividida no ataque e, na retomada de bola, Lionel Messi deu sequência ao lance cortado de maneira providencial pelo arqueiro David Ospina e os atletas colombianos foram pra cima do camisa 10 argentino questionando o porque ele não jogou a bola diretamente pra fora.
Sendo Muriel substituído por Roger Martínez em função de dores do joelho, foi justamente o camisa 20 colombiano que deu o primeiro chute mais insinuante pelo ataque Cafetero. Após cruzamento onde Falcao García ajeitou de peito, Martínez chegou chutando forte e não marcou graças ao desvio da zaga Albiceleste com 15 minutos.
Depois desse período mais “franco”, o jogo perdeu bastante em ritmo muito em função do alto número de passes errados seja pelo sistema de marcação organizado (principalmente por parte da Colômbia) ou mesmo também considerando o aspecto do nervosismo da estreia na competição.
Foi nesse contexto de equívocos no passe, aliás, que uma saída de jogo aparentemente tranquila quase construiu o primeiro gol colombiano. O goleiro Franco Armani tocou para Nicolás Otamendi que, apertado, perdeu na disputa para Falcao que, depois de tocar para James Rodríguez, viu seu companheiro ter a bola cortada antes de finalização.
Segundo tempo
Com menos de um minuto na volta dos times, Leandro Paredes teve espaço na intermediária ofensiva e chutou de média distância para, apesar de Ospina aparentemente estar inteiro no lance, arrancar grito de “uuuhhh” do torcedor presente na Arena Fonte Nova.
Diferente do que ocorria, a posse ofensiva passou a ser muito mais dos argentinos com as linhas avançadas enquanto a antes dominante Colômbia no aspecto de ter espaço para saída de jogo e elaboração de momentos criativos agora se via quase que “encaixotada” na marcação de seu oponente. Todavia, assim como também acontecia no tempo anterior, faltava o real passe tido como assistência para colocar o companheiro em reais condições de finalizar. Outra boa oportunidade que os argentinos criaram nessa transição ofensiva veio quando Rodrigo De Paul bateu de média distância e fez Ospina trabalhar bem espalmando a bola para o lado oposto.
A intensidade de jogo Albiceleste era claramente maior, chegando a forçar novamente Ospina a trabalhar com muita elasticidade na cabeçada de Otamendi enquanto o rebote de Messi foi ao lado da trave. Por ironia do destino, foi exatamente quando esteve em momento mais pressionado do confronto que o time de Carlos Queiroz descolou a abertura da conta.
Recebendo passe de James, Martínez puxou pra perna direita e acertou um petardo no extremo canto esquerdo de Armani que, apesar de se esticar todo, viu ela estufar as redes aos 25 minutos.
Tentando explorar justamente as pontas contando com maior movimentação e exposição da zaga argentina, a estratégia Cafetera deu certo quando Willian Tesillo dominou bola passada por Martínez e cruzou na medida para Duván Zapata tocar para o gol praticamente vazio e confirmar uma excelente vitória.