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Clube frequentador da Libertadores luta contra o desaparecimento

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Foto: Divulgação

Com oito participações em Libertadores na sua história, o San José tem história ainda mais considerável quando analisado unicamente clubes importantes na trajetória mais recente do futebol boliviano com seus três títulos nacionais, o primeiro já na década de 90. Porém, o clube que conta como torcedor mais famoso o ex-presidente do país, Evo Morales, vive uma situação não apenas menos gloriosa como também a beira de um completo desaparecimento.

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Sendo um dos clubes mais afetados pelos sérios problemas financeiros que vivem a maioria esmagadora de clubes na Bolívia (quiçá do próprio continente), a pandemia de Covid-19 deixou o cenário para a equipe de Oruro em situação absolutamente alarmante.

Fato esse que fica claramente refletido na pífia campanha até aqui do Clausura com inimagináveis 22 derrotas e um empate em 23 rodadas, absolutamente isolado na última posição e praticamente só aguardando o término oficial do torneio para que o melancólico rebaixamento seja decretado. No entanto, neste momento, a queda de divisão parece ser o menor dentre tantos problemas.

Tamanha é a falta de recursos existente que, além de seguidas movimentações do elenco para fazerem greve pelos salários atrasados, assembleias tem sido convocadas pela alta cúpula do San José onde abandonar a competição de elite no futebol boliviano declarando falência tem sido uma opção abertamente discutida. Na última delas, além dessa possibilidade não avançar, Boris Ignacio foi eleito como diretor interino pelos próximos 15 dias até que novas eleições sejam convocadas no clube santo.

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Segundo relato feito pelo jornalista boliviano Jaime Galarza, os erros administrativos de seguidas gestões fizeram o clube ter um salto, de 2018 até tempos atuais, em quase 5,4 milhões de dólares (R$ 30,1 milhões) mesmo contando com premiações importantes em meio a conquistas e participações na fase de grupos (2019) e na Pré-Libertadores, no ano passado. Para se ter uma ideia de como isso impacta no mero funcionamento da estrutura do clube, em período de franco abastecimento, o clube nutria uma dívida no hoje “simbólico” valor de 10 mil dólares, equivalente a R$ 55,7 mil.

Nesse mesmo período, os problemas para conseguir administrar tamanha crise também ficaram refletidos no caráter quase que itinerante da gestão. Ao todo foram oito presidentes diferentes, uma Diretoria de Transição e, hoje, é administrado pela chamada Tribuna de Honra.

Fato é que, a curto prazo, o cenário para o San José se mostra tão desalentador que o jornalista, em editorial publicado no diário El Deber, sentenciou:

“O santo não teve quem fizesse o milagre de salvá-lo dessa grande crise que se viu chegar e que ninguém a deteve. Porque não se trata de um simples desastre esportivo que custa o descenso de categoria, aqui se trata de uma situação grave e que põe em risco a subsistência do clube.”

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