Clube criado no ano de 1992 e com oito participações na elite do futebol chileno entre Apertura, Clausura e torneio integrados, o Deportes Melipilla foi expulso da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP), órgão que regula profissionalmente o esporte no país, em decisão publicada na última segunda-feira (27).
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A situação chegou a esse nível diante de denúncias feitas por diversos clubes do Chile por conta de suspeitas relacionadas a contratos fraudados bem como pagamentos feitos de maneira irregular aos atletas. Os atos ilícitos em questão, aliás, envolveriam um importante acionista do clube, Carlos Encinas, bem como Leonardo Zuñíga, o atual mandatário da equipe.
Além do posicionamento inicial da Universidade de Chile e do Cobresal reforçado por, pelo menos, outros 10 clubes interessados em investigações mais detalhadas que culminaram na exclusão do quadro profissional do clube de Melipilla, o ex-jogador do clube (Ricardo Fuenzalida) e o ex-dirigente da entidade, Gino Valentini, corroboraram com as acusações e deram detalhes sobre o funcionamento do esquema.
Se em um primeiro momento a ANFP parecia mais pendente a arquivação do caso apontando falta de provas concretas, com o passar do tempo, o posicionamento da entidade que rege o futebol chileno foi se modificando até que a decisão em questão foi tomada nesta semana. Com esta decisão, quem acabou beneficiado foi o Huachipato, clube que terminou em penúltimo lugar na classificação geral e que estava matematicamente rebaixado.
Em sua rede social, o agora clube desfiliado foi taxativo ao tomar ciência da decisão falou em “uma decisão injusta, desmedida e desproporcional que não condiz com as provas rendidas na causa e pior ainda com a defesa apresentada pelo clube”.
Reforçando o posicionamento de que jamais compactou com qualquer tipo de irregularidade, o Melipilla pontuou que irá “recorrer a todas as instâncias e, se necessário, ao TAS.”