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Cinco técnicos sul-americanos de sucesso que não deram certo no Brasil

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Foto: Divulgação

*Por Mônica Alvernaz – Colaboradora do Futebol Latino

Não é de hoje que técnicos estrangeiros são opções de clubes brasileiros assim como não é novidade o fato do insucesso ao qual eles parecem estar fadados quando pisam em terras canarinhas.

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Embora tenham passado muitos anos desde a primeira contratação de um estrangeiro por um clube Brasileiro, a associação de desempenho ruim aos técnicos que não são Brasileiros, ainda parece ser frequente. A seguir, listamos 5 técnicos que, embora com um bom desempenho em equipes sul-americanas, tiveram sua permanência em clubes brasileiros reduzida a poucos meses, ou até mesmo jogos em alguns casos:

1- Juan Carlos Osório

O colombiano passou por clubes como o inglês Manchester City (onde atuou como assistente por 5 anos), Once Caldas e Atlético Nacional, sendo os dois últimos de seu país de origem. No Atlético Nacional, ele permaneceu por 3 anos, conseguindo chegar à importantes decisões, como a Copa Sul-Americana de 2014.

No entanto, ao chegar ao Brasil em 2015, ele não conseguiu ultrapassar o período de 4 meses no comando do São Paulo. Embora tenha levado a equipe à semifinal da Copa do Brasil, algumas questões internas o motivaram a deixar o clube no mês passado, para dirigir a seleção mexicana.

2- Ricardo Gareca

Gareca é argentino e atua como treinador há quase 20 anos, tendo passado nesse período por diversos clubes sul-americanos e conseguindo títulos relevantes, como a Copa Conmebol, além de algumas conquistas no campeonato argentino.

No entanto, sua passagem pelo Palmeiras, em 2014, alcançou a discreta marca de 13 jogos, onde seu desempenho foi marcado por uma sequência de derrotas e ocasionou sua demissão do cargo, apesar de seu bom histórico em outros clubes.

3- Diego Aguirre

Diego Aguirre torna ainda mais curiosa a questão de técnicos estrangeiros em times Brasileiros. Jogador do Internacional na década de 80, o uruguaio retornou ao Colorado para comandar a equipe em 2015 e, apesar de ter ganhado o campeonato estadual e mantido, na ocasião, uma campanha regular no Brasileirão, ele foi demitido pela diretoria do Inter às vésperas de um Gre-nal.

Campeão como técnico pelo Peñarol e o Al-Rayyan do Qatar, Aguirre não resistiu às críticas sofridas pela opção tática de estabelecer um rodízio no time entre as rodadas e acabou dispensado do clube após ser desclassificado na semifinal da Libertadores desse ano diante do Tigres.

4- Jorge Fossati

Com passagem por clubes como Peñarol e LDU, Fossati teve sua experiência em terras canarinhas em 2010, quando comandou o Internacional. Na ocasião, o uruguaio passou 6 meses a frente do Colarado, acompanhando a equipe até a semifinal da Libertadores, momento em que foi dispensado pela diretoria. Posteriormente, o clube chegou ao título da competição e é inegável a contribuição do treinador para a formação tática da equipe que se consagrou campeã naquele ano.

5- Daniel Passarella

Com passagens pelo River Plate e pela seleção argentina, Passarella viu o destino de outros colegas sul-americanos se repetir com ele. Embora com títulos de expressão pela América do Sul, o argentino viu sua passagem pelo Corinthians em 2005 não resistir a uma sequência de 4 derrotas, onde acabou demitido.

Afastado do cargo de técnico desde 2007, quando comandou o River Plate, Passarella anunciou essa semana que retomará seu trabalho como técnico, citando inclusive ter recebido proposta de algumas equipes sul-americanas, o que só reforça seu bom histórico como treinador.

Como é possível perceber nessa breve lista, a questão pela qual os treinadores estrangeiros não tem grande sucesso em clubes brasileiros está longe de ter uma associação direta com a qualidade técnicas desses profissionais. O fato dos nossos vizinhos terem consecutivos insucessos em terras brasileiras está muito mais relacionado a uma questão cultural e consequente não aceitação de estrangeiros no futebol nacional, do que ter referência a um ponto técnico propriamente dito.

O futebol brasileiro necessita de uma reformulação e atualização em vários sentidos e, sem dúvida, um dos pontos é repensar a questão de, aqui, só estarem fadados ao sucesso aqueles que são nascidos no país. Afinal de contas, grandes disputas que são extremamente admiradas pelo público brasileiro, a exemplo do campeonato espanhol e italiano, estão repletas de técnicos que não são nascidos no mesmo país da equipe que comandam. E, definitivamente, isso não costuma ser caso de insucesso por lá.

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