CEO de grupo global comenta regulamentação de apostas esportivas no Brasil

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Foto: iStock

Na última terça-feira (25), um passo de suma importância para o desenvolvimento do mercado de apostas esportivas no Brasil foi dado. Isso porque, no Diário Oficial da União, foi publicada a Medida Provisória (MP) que detalha os termos de funcionamento bem como tributação e repasse dos valores arrecadados.

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Jesper Sogaard, CEO da Better Collective, grupo global de mídia digital esportiva, destacou a importância do processo, principalmente, para que ferramentas tecnológicas de amplo combate a fraudes e manipulações de eventos dentro de uma partida (resultado, quantidade de gols, cartões etc.) sejam implementadas em solo brasileiro:

“É muito comum na Europa que o ‘big data’, como Sports Radar, Genius, notifiquem a Uefa ou a federação local se eles veem algo incomum nos dados. Eles conseguem detectar se a evolução das odds se dá de maneira estranha e é assim que detectam manipulação. Se você tem um mercado clandestino que não é regulado, o risco é muito maior. Isso não vai ser detectado porque acontece sem esse monitoramento. A nova regulamentação é a forma de avançar. A legalização das apostas esportivas digitais promove a transparência de documentos e facilita a cooperação entre operadoras de apostas, organizações esportivas e autoridades policiais.”

Sogaard acrescentou que a evolução do tema fará com que o uso de sistemas de inteligência artificial tenha a capacidade, até mesmo, de mostrar a relação custo-benefício bastante prejudicial para aqueles que tentarem ‘burlar’ o sistema.

“Eles virão (big data) quando o mercado estiver regulado. Sports Radar e Genius são fornecedores de dados. É assim que você detecta e, a partir daí, você pode criar mecanismos e maneiras de fazer os jogadores saberem os riscos associados à manipulação. Hoje parece, infelizmente, que as coisas acontecem sem ninguém saber. Pra ser sincero, se eles (jogadores) soubessem que isso é fácil de detectar, não acho que eles pensariam que vale a pena fazer isso pelo dinheiro que oferecem com o risco de serem banidos do esporte”, concluiu o CEO da Better Collective.

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