A situação política envolvendo a recente deposição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF despertou a atenção das entidades superiores na hierarquia global do futebol.
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Segundo informação dos jornalistas André Rizek e Martín Fernandez, a Conmebol e a FIFA enviaram uma solicitação em carta para a Confederação Brasileira de Futebol. No pedido, as organizações comunicaram que farão uma visita ao Brasil em janeiro para entender melhor o cenário.
Além disso, elas pediram que nenhum processo eleitoral seja conduzido antes da visita das entidades citadas. Originalmente, a ideia seria de realizar o pleito cerca de 30 dias depois da destituição de Ednaldo.
Outro ponto abordado pela carta conjunta de Conmebol e Fifa é o reconhecimento em relação ao comando atual da CBF. Ponto esse que está previsto, inclusive, no próprio estatuto do órgão que rege o futebol brasileiro no Artigo 64.
Diferente do instruído pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) onde José Perdiz é o interventor nomeado, as entidades esportivas estabelecem que o diretor mais velho em mandato, nessas condições, é o real mandatário. Neste caso, Hélio Santos Menezes, diretor jurídico e de governança.
Por fim, a carta frisa a possibilidade de ‘sanções relevantes’ se constatada o que se classifica nos regulamentos da Conmebol e da Fifa como ‘interferência indevida’ na administração da CBF.
Relembre o caso
Segundo consta na decisão do TJRJ, emitida no dia 7 de dezembro, a irregularidade se deu na assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A medida teve o intuito de instituir um novo comando na entidade após o fim precoce do mandato de Rogério Caboclo. A anterior figura máxima da CBF deixou o cargo, em agosto de 2021, após denúncias de assédio sexual e moral.
Entretanto, já na época da assinatura, existiu contrariedade e acusações de irregularidade na movimentação. Isso porque, sendo mandatário de regime interino, ele não poderia ter poderes onde houve, inclusive, a destituição de alguns vice-presidentes com mandatos em curso.
