CBF não era partidária de paralisar o Brasileirão

De acordo com informação da ESPN, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não era favorável a pausa do Campeonato Brasileiro que se materializou na última quarta-feira (15). A paralisação se confirmou após reunião com representantes dos 20 clubes da Série A onde 15 deles votaram a favor da interrupção que, inicialmente, vai durar até 27 de maio.

A avaliação da entidade que rege o esporte no país é que tal situação deixa o calendário tanto de 2024 como do ano próximo ainda mais apertado. Por isso, dentre todas as alternativas, parar o campeonato não era uma opção. Não por acaso, o mandatário da CBF, Ednaldo Rodrigues, havia marcado a reunião para decidir tal tema somente no dia 27 de maio. Na data em questão, acontece uma reunião do Conselho Técnico Extraordinário.

Com a nova realidade, todavia, a Confederação Brasileira de Futebol se mostrou irritada nos bastidores. Ao ponto, aliás, de avisar aos clubes que será necessário abrir mão de determinadas situações em prol da pausa. Como, por exemplo, não realizar jogos do Brasileirão em meio as Datas Fifa, o atual intervalo mínimo de 66 horas entre os jogos das equipes e até mesmo o período antes previsto para início das férias.

Questão de valores

Além do elemento esportivo, o ponto financeiro também é avaliado pela CBF como fator negativo no cenário de pausa. Especialmente, diante da necessidade de renegociar os acordos com quem detêm os direitos de transmissão e também os patrocinadores da elite nacional.

Vitória política

Apesar do cunho solidário da decisão, o cenário representa, nos bastidores, uma vitória política dos integrantes da Liga Forte Futebol. A organização, composta por dez clubes que integram a elite e tem ideias mais distantes da Confederação Brasileira de Futebol, sempre foi partidária da paralisação.