Caso Robson: brasileiro é condenado na Rússia a pena mínima

brasileiro-ex-funcionario-de-fernando-nao-tem-chance-crava-advogado-Futebol-Latino-03-04
Foto: Reprodução

Mais uma capítulo do “Caso Robson” foi escrito na manhã dessa terça-fera (8) na Rússia onde, apesar de não conter a absolvição, o julgamento do brasileiro Robson Nascimento de Oliveira teve um desfecho que foi comemorado pela defesa e pela família do motorista preso desde 2019 acusado de tráfico de drogas na Rússia.

OS_BRAZIL_300x250_2020_Q2_SOC

Leia mais: Equatoriano: Delfín, Cuenca e Universitario vencem pela 12ª rodada
Venezuelano: Deportivo Táchira e Monagas vencem pelo Grupo B

Depois da promotoria pedir a condenação de Robson com a dura pena de 12 anos, a decisão do juiz reduziu a sentença para três anos sendo que ela pode ser considerada cumulativa ao tempo que o brasileiro já está preso no país do Leste Europeu, um ano e nove meses. A decisão deve ser recorrida pela promotoria que apresentou forte tom de contrariedade e tem 10 dias para levar o recurso que será apresentado ao juiz de segunda instância.

Nem mesmo a equipe de defesa de Robson esperava um resultado tão positivo, algo que ficou claro em entrevista dada no último mês de abril pelo advogado Pavel Gerasimov ao portal UOL. Na época, ele já considerava que o melhor cenário era uma condenação de sete anos, o pior deles tendo 15 anos e já antecipava que não existia nenhuma expectativa de absolvição.

A reação tida tanto por parte do motorista contratado pela sogra do jogador Fernando em 2019 para trabalhar na casa da família em Moscou (na época o meio-campista atuava no Spartak Moscou e hoje está no chinês Beijing Guoan) como também pela esposa de Robson, Simone Barros, mostrou o caráter tão surpreendente como positivo da decisão. Enquanto o motorista chorou após a sentença, Simone declarou ao Blog da Gabriela no portal ge que está otimista para que os procedimentos de cumprimento da pena de Robson no Brasil sejam acelerados.

Tanto as autoridades russas como Gerasimov afirmaram que não tem conhecimento, até aqui, de nenhum documento que assegure essa movimentação entre países.

Relembre o Caso Robson

Em reportagem exibida pelo programa Esporte Espetacular no dia 1° de setembro de 2019, o caso foi detalhado como tendo o seguinte enredo: após ser convidada para trabalhar na casa de Fernando via sogra do atleta, Sibele Rivoredo, a esposa de Robson, Simone Barros, disse que aceitaria caso o seu marido também pudesse sair com ela de Nova Iguaçu para trabalhar com a família na luxuosa casa da capital da Rússia, Moscou.

Entretanto, quando eles desembarcaram na Europa, uma revista feita em malas que lhes foram entregues pelo motorista da família já no Aeroporto do Galeão encontrou duas caixas com 40 comprimidos do composto Mytedom, remédio esse que seria para o sogro de Fernando, William, que sofre de dores na coluna. Apesar de ter uso legal no Brasil mediante receita, na Rússia ele é proibido.

Tendo em seu componente o opioide metadona, usada em medicamentos para tratamento de dependentes químicos, o casal foi fotografado, teve digitais e exames de sangue e urina coletados para, logo depois, serem buscados no Aeroporto Internacional de Domodedovo por um funcionário da família de Fernando, William da Silva, apelidado de “Rodela”.

Após acionar Sibele, que sequer estava na Rússia e curtia férias com a família na Grécia, ela recebeu como resposta que a situação “estava sendo resolvida” e, após mais de 17 horas detidos no aeroporto, foram liberados e ficaram 35 dias sozinhos cuidando da residência de Fernando.

Quando Fernando e sua família retornaram ao país, Robson foi dirigindo com o atleta e a esposa do mesmo, Raphaela Rivoredo, a delegacia do Aeroporto de Domodedovo onde foi preso e conduzido, uma hora depois, a Unidade Penal de Kashira, localizada em cidade homônima que fica a 107 quilômetros de Moscou, onde está preso desde então.

error: Futebol Latino 2023