Não é somente grande parte dos torcedores brasileiros que parecem discordar frontalmente com as iniciativas e opiniões que são concedidas tanto pelo técnico da Seleção Brasileira, Dunga, como também pelo coordenador de seleções Gilmar Rinaldi. E, na noite de ontem (16) durante a exibição do programa Bem, Amigos! no canal pago Sportv, o comentarista Walter Casagrande Jr. deixou isso bem explícito.
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O primeiro ponto de desentendimento entre ambas as partes foi quando Rinaldi estava com a palavra e citou o fato de ter observado os comentários a respeito da partida e, de forma irônica, criticou a atitude de Dunga ao expor mais a equipe para conseguir o empate por 2 a 2 contra o Paraguai na última rodada das Eliminatórias:
“O jogo do Paraguai. No outro dia eu fui vendo os comentários na imprensa e parecia outro jogo. E eu falei para ele (Dunga) ‘você é maluco’. Tirou os volantes, botou o time para frente. E depois ainda falaram que o Paraguai recuou (a imprensa). Na verdade ele empurrou os caras lá.”
Ciente de que havia feito um comentário exatamente nessa linha de raciocínio durante a transmissão do embate no Defensores del Chaco, Casagrande imediatamente falou:
“Fui eu que falei que recuou. Eu falei, Gilmar. Naquele jogo o Ramón Díaz definiu que ia segurar o 2 a 0 e deu espaço. O mérito do Dunga foi ver isso e ter mudado o time. O mérito dele foi ter mudado. Eu não concordo. Gilmar, que o Paraguai foi acuado pelo Brasil.”
Após Gilmar insistir na questão de que deveria se dar muito mais méritos as alterações ofensivas do treinador brasileiro, o comentarista frisou:
“Você está falando que só você viu o certo e eu vi errado. Eu não acho que o Dunga seja um péssimo treinador. O Ramón Díaz pôs o time para trás e o Dunga viu e mudou o time. Gilmar, o primeiro tempo foi ridículo.”
Passadas as constantes tentativas de Galvão Bueno, apresentador do programa, em criar um clima mais ameno, quando ele conseguiu isso foi a vez de Dunga expor o seu ponto de vista:
“Dentro dessa situação, se pensasse igual, era pra ter metido 3, 4 contra o Uruguai. Assim como o Paraguai. Isso se chama futebol e isso é imprevisível. Tem momentos que o gol faz uma diferença enorme. A gente tem quem entender que tem que criticar, mas tem que elogiar também. O futebol também tem coisas boas.”