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Campeão com a LDU viveu situação extremamente grave na Ásia

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Foto: Luis Robayo/AFP via Getty Images

Falar em superação para jogadores de futebol soa como algo quase que redundante. Afinal, além da necessidade de se destacar ante milhares de pretendentes pela profissionalização, existe também a luta diária por conta dos treinos, viagens e, claro, competições do mais alto nível ao redor do mundo. Porém, o que foi vivido pelo zagueiro haitiano Ricardo Ade, da LDU, conta com pontos adicionais quando o assunto é dar a volta por cima.

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Bem antes de ter a oportunidade de disputar (e vencer) a Sul-Americana com o clube equatoriano, Ade vivia em seu país de origem e, mesmo defendendo a equipe do Don Bosco, sabia da enorme dificuldade em viver do esporte. Sem investimento, o futebol é visto no Haiti como uma atividade quase que de nível amador.

Em meio a esse cenário, um empresário surgiu com a proposta que tinha potencial de mudar sua vida e pavimentar seu sonho de profissionalização na Tailândia. Dessa forma, o atleta que até então defendia o Don Bosco juntou suas economias e partiu para o país aisático onde a esperança se transformou em um verdadeiro pesadelo.

Sem ninguém para o receber no outro lado do mundo, Ricardo Ade percebeu ter sido vítima de um golpe e precisou usar suas últimas economias para pegar um táxi e buscar local onde obtivesse abrigo, comida e também a chance de treinar. Enquanto isso, precisou encarar a dura realidade de dormir na rua além de criminosos atos racistas.

“As pessoas passavam por mim e tapavam o nariz”, disse o hoje campeão continental com a LDU em entrevista ao site Primicias.

Depois de três meses, Ade conseguiu uma maneira de voltar para seu país onde ficou muito perto de desistir de ser jogador profissional. Porém, desta vez, o destino reservava capítulos muito mais gloriosos para ele.

Encontrando um empresário que cumpriu o combinado, ele foi para os Estados Unidos, onde defendeu o Miami United, antes de suas primeiras oportunidades na América do Sul. Mais precisamente, no Magallanes, do Chile. De lá, viveu suas primeiras experiências no Equador em Mushuc Runa e Aucas (sendo campeão equatoriano) até chegar a LDU.

“É preciso ter uma cabeça muito forte para continuar lutando e suportar tudo. Eu sempre digo que, onde quer que esteja, você tem que tentar fazer tudo certo, dar o seu melhor, porque você não sabe quem está te observando. Eu sabia que Deus tinha algo preparado para mim. Se você buscar, você encontra. Se você não desistir, um dia você se sairá bem. Eu sabia que um dia iria comemorar algo”, concluiu o atleta de 33 anos de idade que também defende as cores da seleção do Haiti.

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