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Campanha de igualdade racial tem forte depoimento de nome da Juventus

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Foto: Miguel Medina/AFP

Em tempos onde o debate e as iniciativas de combate a qualquer tipo de injustiça ou preconceito (racial, sexual, social, religioso etc) não só estão como precisam ser promovidos, o jovem meio-campista norte-americano Weston McKennie deu uma clara demonstração de que sua pouca idade (21 anos) não define o tamanho da disposição em se engajar com o combate a esses problemas.

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Citando especialmente questões relacionadas ao racismo, o jogador da Juventus estrelou uma série com atletas negros produzida por sua patrocinadora de material esportivo, a alemã Adidas, e batizada de READY FOR SPORT onde cada um deles dá seus depoimentos sobre como enxerga o problema, experiências vividas e como ele se comporta perante a situação.

McKennie chamou a atenção do mundo quando inseriu, na sua braçadeira de capitão quando ainda era atleta do Schalke 04 em partida da Bundesliga, a mensagem “Justiça por George Floyd” em alusão ao caso onde um homem negro foi morto nos Estados Unidos durante abordagem policial com o uso de força excessiva onde o joelho de Derek Chauvin pressionou o pescoço de George entre 8 a 10 minutos, levando a conclusão via autópsia de morte por asfixia.

“No ano em questão (2020), no início da temporada, estávamos jogando e os torcedores depois do jogo estavam fazendo barulho de macaco pra mim. É devastador. Eu ia para casa em Dallas e tinha medo de dirigir à noite só porque eu não sabia o que ia acontecer se eu fosse parado. Eu represento um país que possivelmente nem me aceite. Só por causa da cor da minha pele. É, definitivamente, um pouco triste. Quando eu usei a braçadeira (com a mensagem), eu senti que era meu dever e responsabilidade. Primeiro por ser americano e, segundo, por ser um americano negro. Eu só senti que tinha de trazer essa consciência para o resto do mundo. Eu tive muito apoio por isso, mas também tive muito ódio”, disse McKennie.

“‘Você é um jogador de futebol, não deveria fazer posicionamentos políticos’. E eu só pensava na minha cabeça que eu não vejo como algo assim é um posicionamento político de nenhuma maneira, uma pessoa perdeu a sua vida. Eu não vou me calar e driblar. Não vou fazer com que minha opinião seja diminuída porque as pessoas pensam que eu só deva jogar futebol. Eu não quero ser conhecido apenas como um grande jogador de futebol. Quero também ser conhecido como um grande ser humano, uma grande pessoa. E é isso que eu estou começando a fazer, criar o meu legado. Essa versão de mim que eu amo”, completou.

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