A maioria das competições europeias retorna nesse mês de junho e, na Letônia, não é diferente. E, por lá, como em todos os países europeus, tem brasileiros. Formado na base do Vila Nova e também com passagem pelo Atlético Goianiense, o meia atacante Roger Junio falou sobre o futebol local e também sobre o retorno dos jogos.
Leia mais: O retorno do futebol no Brasil: falta muito para a bola voltar a rolar?
Dirigente de gigante sul-americano fala sobre interesse em Cueva
“Na Letônia não teve muitos casos como em outros países, mas no começo foi tudo muito estranho, as pessoas em pânico e preocupadas com toda a situação. Não foi nada fácil passar por essa situação, ainda mais sendo um estrangeiro. Fico triste com as famílias que perderam alguém e deixo as minhas condolências a todos ao redor do mundo. As coisas aos poucos estão se normalizando, o futebol retorna agora no dia 15 (de junho), com os jogos da Liga. Já voltamos a treinar, mas com toda aquela precaução e estamos fazendo uma ótima preparação para o reinício dos jogos”, disse.
O goiano de apenas 24 anos de idade está em sua segunda temporada pelo Riga, clube fundado em 2015, mas que já contabiliza duas ligas nacionais e esteve no início da temporada disputando as preliminares da Champions League e a fase de grupos da Liga Europa.
“Eu sempre tive o desejo de jogar na Europa e apareceu uma proposta da Albânia. Acabei indo e fui muito bem. Marquei dez gols no torneio e depois tive a proposta para vir aqui para a Letônia. Já conquistei um título da Liga e estou ajudando para que nessa temporada podemos sair ainda mais vitoriosos”, completou.
Desde 2018 na Europa, Roger, que se destaca pela habilidade e velocidade, falou sobre o início em Goiânia e as diferenças do futebol brasileiro para o futebol da Letônia.
“Subi ao profissional do Vila Nova aos 19 anos após fazer uma boa Copa São Paulo. Aproveitei as oportunidades que tive no elenco profissional e fiz até gol em clássico. O treinador Rogério Mancini me ajudou muito a evoluir e crescer profissionalmente. Fui emprestado ao Goiânia, ao Botafogo, da Paraíba, onde fui campeão estadual e depois estive no Atlético-GO, até que fui para Albânia. O futebol aqui é mais corrido e tem que estar bem fisicamente. Tem muito contato. Aqui o futebol é o terceiro esporte do país (hóquei no gelo e basquete estão entre as preferências do torcedor), não tem muitos torcedores no estádio como no Brasil, e sempre sinto falta desse calor da torcida, mas tem sido uma ótima experiência”, finalizou.
O Riga joga no próximo dia 15 pela estreia no campeonato nacional contra o Valmiera. O torneio segue o calendário similar ao Brasileiro (competição começando e terminando no mesmo ano) onde 10 equipes disputam o título.