Brasil, com virada espetacular sobre a França, passa a decisão do Mundial Sub-17

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Foto: Divulgação/CBF

Foi no coração! Mesmo sem apresentar o futebol vistoso de outros jogos, o Brasil usou a raça e a força da torcida no estádio do Bezerrão para virar o marcador diante da França por 3 a 2 e passar para a final do Mundial Sub-17. Agora, enquanto a Seleção joga a decisão diante do México no domingo (17) às 19h (horário de Brasília), os franceses disputam o terceiro lugar no mesmo dia, às 15h (horário de Brasília).

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Primeiro tempo

Logo aos seis minutos de jogo, o time da França mostrou a sua qualidade na armação das jogadas e, em ótimo passe que quebrou a linha defensiva dado por Adil Aouchiche, Kalimuendo-Muinga saiu na cara de Matheus Donelli e bateu por baixo do goleiro brasileiro. O árbitro de El Salvador, Iván Barton, inicialmente confirmou a marcação de impedimento, mas a análise do tento com o recurso do Árbitro de Vídeo validou o mesmo.

O Brasil até levou perigo com o chute da meia-lua dado por Pedro Lucas que passou do lado esquerdo da meta de Melvin Zinga, mas quem conseguiu aumentar a dianteira em uma bela jogada individual foi Nathanael Mbuku. O camisa 11 driblou três marcadores (com direito a uma caneta no zagueiro Henry) e bateu por baixo das pernas de Matheus Donelli. 2 a 0.

Depois de construir uma dianteira confortável, claramente os Bleus se permitiram retrair um pouco a sua marcação e aguardar os erros da Seleção para jogar nos contra-ataques. Isso fez com que os comandados de Guilherme Dalla Dea passassem a aparecer mais no comando de ataque e, aí, a qualidade técnica do Brasil fazia a equipe crescer no confronto.

Com isso, a melhor alternativa para passar pela zaga francesa parecia as subidas com a explosão e velocidade de Gabriel Veron. Foi ele, inclusive, que criou a oportunidade mais clara da Amarelinha diminuir a desvantagem quando driblou dois marcadores e bateu forte, porém do lado esquerdo do gol de Zinga.

Por pouco a equipe anfitriã não teve a oportunidade de cobrar uma penalidade inicialmente marcada de Mbuku no lateral-direito Yan Couto sendo o camisa 2 derrubado após tocar na bola para o meio da área. Contudo, o árbitro foi acionado pela cabine do VAR e, consultando o monitor, decidiu pela reversão de seu apontamento inicial.

Segundo tempo

A partida seguia com ritmo onde a França parecia mais interessada em fazer o tempo passar e, mesmo assim, na base do contra-ataque, por pouco não ampliou sua vantagem quando Kalimuendo saiu cara a cara com o goleiro do Brasil e bateu por cima da meta.

Sendo mais insistente no plano ofensivo até por sua situação, o Brasil foi premiado com um gol usando a bola aérea com 16 minutos. Em escanteio onde a zaga francesa não conseguiu fazer o corte, Henry desviou pelo alto e Kaio Jorge tocou para empurrar de vez pras redes de Melvin Zinga. O gol que incendiou o Bezerrão e que fez o clima mudar de maneira bastante favorável a Seleção.

O aspecto físico aos poucos parecia também pender mais para os sul-americanos e foi virando elemento refletido no gramado com o Brasil constantemente em cima do adversário, martelando até conseguir, aos 30, fazer o gol que lhe recolocou na eliminatória. Após recuperar bola no sistema defensivo, Daniel Cabral foi até a linha de fundo para cruzar e, com o chute de Yan Couto defendido por Zinga, a bola sobrou de maneira onde Gabriel Veron bateu firme, de primeira, mandando rasteiro no extremo canto esquerdo francês. Tudo igual no Distrito Federal.

Os europeus chegaram a ter duas oportunidades clarividentes de mudar a história do confronto. Lihadji recebeu praticamente sem goleiro e na pequena bola que foi espalmada por Matheus Donelli e chutou na trave em lance inacreditável. Na outra, as redes brasileiras chegaram a balançar com a cabeçada de Matsima, mas a arbitragem anulou apontando impedimento do ataque dos Bleus.

Com isso, quem marcou e carimbou seu passaporte para decidir o título do Mundial Sub-17 foi a equipe que mudou radicalmente de postura após tomar o 2 a 0. Com 43 minutos, Lázaro recebeu fora da grande área, puxou pra trás e bateu com força no canto esquerdo de Zinga. 3 a 2 e Seleção Brasileira classificada.

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