Uma verdadeira “panela de pressão” se formou novamente com a lotação quase que máxima do torcedor do Atlético Nacional no estádio Atanásio Girardot, com direito a um imenso e belíssimo mosaico.
Além da festa nas arquibancadas, dentro de campo o time verde e branco também atuou em ritmo de pura festa e, “amassando” o Peñarol na base da velocidade, conseguiu triunfar pelo placar de 2 a 0 em jogo do grupo 4 da Copa Libertadores.
Leia mais: Na pressão, Emelec arranca empate do Olimpia nos acréscimos
Nos primeiros 15 minutos, a pressão imposta tanto pelos colombianos como também pela imensa torcida na cidade de Medellín simplesmente acuou o Peñarol, que sequer conseguiu fazer o goleiro Franco Armani trabalhar enquanto a meta de Gastón Guruceaga, esteve ameaçada nesse curto espaço de tempo pelo menos em três oportunidades.
Com o agilíssimo ataque comandado por Marlos Moreno, Jonathan Copete e Victor Ibarbo, a agilidade em trocar a bola entre eles e com os possíveis “elementos surpresa” que adentrassem a grande área confundiu a marcação aurinegra, deixando os visitantes um tanto quanto atordoados no confronto.
Após esse período, os donos da casa continuaram melhores e ditando o ritmo do confronto, mas a intensidade, até por questões físicas naturais, já não era a mesma e o Peñarol tentou tomar proveito disso para, gradativamente, conseguir “entrar” no jogo. A melhor oportunidade que o carbonero conseguiu em suas raras idas ao ataque foi somente aos 41 minutos quando, de fora da grande área, Luis Aguiar chutou por sobre o travessão de Armani.
Pouco antes do intervalo, com 44 minutos, Luis Guerra tabelou com Marlos Moreno e, de frente para Guruceaga, encheu o pé e fez com que a bola explodisse na trave direita da meta adversária.
E, se não deu para furar o bloqueio entrando na área adversária com toques rápidos, o lateral-direito Daniel Bocanegra arrumou um espaço e, de fora da grande área aos sete minutos do segundo tempo, acertou um petardo que Gastón Guruceaga até tentou defender, mas a bola bateu em sua mão e morreu no fundos das redes para delírio do torcedor verdolaga.
Tendo a necessidade de ao menos igualar o marcador, não restou outra saída aos uruguaios senão tentar avançar suas linhas de meio-campo e ataque, se expondo naturalmente ao contra-ataque do Atlético Nacional. E foi justamente o que ocorreu aos 13 minutos.
Em jogada de pura velocidade pelo lado direito, a troca de passes encontrou Luis Guerra na ponta direita e o camisa 18 só tocou em diagonal para a finalização de primeira feita por Marlos Moreno, aumentando para 2 a 0 a vantagem do time da Colômbia.
Depois desse período, visivelmente os uruguaios começaram a apelar muito mais para a violência do que buscar o resultado, inflamados ainda mais pelos gritos de “olé” que eram gritados pela torcida local. Com isso, a consequência acabou sendo que, aos 37, o meia Hernán Novick foi expulso com o cartão vermelho direto após uma dura entrada por trás no atacante Berrio, que entrou na segunda etapa.
Até mesmo para poupar a partida de maiores transtornos, o árbitro brasileiro Heber Roberto Lopes deu apenas um minuto de acréscimo e, mal o relógio beirava os 46 minutos, o jogo foi encerrado para a festa dos jogadores e torcedores do Atlético Nacional.