Envolvido junto da transferência que trouxe De Arrascaeta para o Cruzeiro, o atacante Gonzalo Latorre nem de longe conseguiu ter a mesma visibilidade que seu conterrâneo, camisa 10, querido pelo torcedor Celeste e peça bem considerada por Mano Menezes.
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Tendo apenas 21 anos de idade, o atleta declarou em entrevista dada ao portal charrua Ovacion que tem como prioridade seu retorno ao país para tentar “reencaminhar” sua carreira com um maior número de jogos já que, no clube de Minas Gerais, ele apenas treina em separado:
“A história começa quando não renovei com o Peñarol. Depois disso joguei seis meses no Atenas de San Carlos e vim para o Brasil. Quando cheguei no Cruzeiro houveram várias situações que se geraram com o senhor (Daniel) Fonseca e que me levaram a me distanciar a diretoria do clube e, por agora, para retomar a minha carreira, tenho muita vontade de retornar a alguma equipe do meu país.”
Latorre ainda disse que o principal motivo de sua atual frustração foi ter entendido que a sua chegada no futebol brasileiro aconteceu somente para “facilitar” a vinda de De Arrascaeta, sendo ele um elemento que abaixou o preço da transação:
“Minha transferência ao Cruzeiro aconteceu quando o Fonseca me representava. Essa decisão foi tomada por mim e pelo senhora Fonseca também. (…) depois de me inteirar de algumas cifras da minha transferência e de muitas coisas, como o clube realmente não estava interessado em mim e que foi por um tema de impostos que foi incluído o meu passe, foi o limite.”
O jogador ainda especificou na mesma entrevista que houveram outros motivos para ter rompido relações com seu ex-empresário, Daniel Fonseca, e também de sua insatisfação com o atual clube:
“Depois também houve um problema porque não pagaram a minha transferência. Logo, me inteirei que sou o segundo jogador mais caro da história do Cruzeiro com R$ 12 milhões. Ou seja, houve muita coisa que fui me inteirando e nunca pude me comunicar com Fonseca depois da transferência. Aí há algo estranho.”