Não foi das apresentações mais criativas, mas valeu pela intensidade e recuperação em meio a pífia temporada nacional do Argentinos Juniors. Diante do Estudiantes de Mérida na primeira fase da Copa Sul-Americana jogando em La Paternal no estádio Diego Armando Maradona, o Bicho venceu por 2 a 0.
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Primeiro tempo
Com total dominância, o Argentinos chegou pela primeira vez de maneira mais perigosa aos cinco minutos quando Alexis MacAllister cobrou falta para grande defesa de Alejandro Araque. No rebote, Damián Batallini teve liberdade para chutar em gol com a meta toda à sua disposição, mas viu a bola explodir no travessão em uma incrível chance desperdiçada.
O ritmo da partida seguia sendo ditado pelos anfitriões, mas pareciam os venezuelanos melhor posicionados para justamente inibir qualquer “pressão” vinda do Bicho de La Paternal. Algo que conseguiu ser eficiente já que, por um bom tempo, a equipe argentina não conseguiu finalizar levando perigo.
Todavia, aos 25 minutos, MacAllister cobrou falta levantando a bola na grande área e, ao tentar fazer o corte pelo alto, o meio-campista Edson Rivas acabou testando forte o suficiente para superar Araque. 1 a 0 para a festa do torcedor que compareceu em bom número ao estádio Diego Armando Maradona.
Depois de abrir a conta, o Argentinos Juniors seguia melhor, porém em muitas oportunidades com sérios problemas para finalizar. As jogadas eram elaboradas e envolviam até com relativa facilidade o sistema defensivo adversário, mas, para concluir, os mandantes teimavam em não caprichar o suficiente para acertar o alvo.
Do mesmo mal sofreu o time de Mérida que, nas únicas duas oportunidades que realmente teve condições de finalizar, falhou tanto com o lateral-direito José Manríquez como também por parte do atacante Wilson Mena. Sendo que, em ambos os casos, o lance ocorreu dentro da grande área adversária.
Segundo tempo
A tônica só não se manteve em grande parte porque a intenção dos anfitriões pareciam preferir um controle mais “prudente”, baseado no menor risco possível. Foi nesse momento que o Estudiantes de Mérida, menos apertado no sistema defensivo, conseguiu armar alguns lançamentos que eram praticamente inviáveis na etapa inicial.
O grande problema para os visitante, à partir daí, era conseguir associações de seus jogadores que, efetivamente, elaborassem as jogadas de perigo para finalizar contra o gol de Lucas Chaves, até então um espectador privilegiado do confronto.
Se havia uma mínima chance dos venezuelanos reagirem dentro da partida, ela acabou ficando bem menor aos 15 minutos. Isso porque, já tendo um cartão amarelo, o meio-campista e capitão da equipe, Jesús Meza, deu um duro carrinho de sola no campo de ataque em cima do lateral-esquerdo Elias Gómez e tomou a segunda advertência que resultou em sua expulsão.
A partir daí, ocupar os mesmos espaços do que com 11 jogadores tornou-se a inglória missão do Estudiantes para ao menos assegurar um placar menos elástico. Algo que acabou não sendo possível.
Aos 32 minutos, MacAllister serviu Battalini que limpou a marcação e bateu com muita precisão no extremo canto esquerdo de Araque para fechar o placar na Grande Buenos Aires.