Após prisão de ex-funcionário, Fernando dá primeira declaração

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Foto: AFP

O meio-campista Fernando, revelado pelo Grêmio e que esteve até julho no Spartak Moscou (Rússia), se pronunciou sobre o caso envolvendo Robson de Oliveira, funcionário que viajou para trabalhar na casa do atleta em solo russo e que acabou preso por transportar um remédio de uso proibido no país europeu, o Mytedom.

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Contrariando um depoimento dado por ele mesmo a justiça russa no último dia 6 de junho onde dizia não saber dos remédios, Fernando apontou que, desde o princípio, os documentos comprobatórios indicando que o remédio pertencia ao seu sogro, William Faria:

“Falei desde o primeiro momento, quando eles foram parados no aeroporto, a gente imediatamente mandou o prontuário, receita, passaporte do meu sogro, tudo que fosse necessário pra provar que o remédio era do meu sogro, porque realmente o remédio era do meu sogro. Em momento algum a gente escondeu qualquer coisa do tipo. Se não ficou claro, estou aqui abertamente falando: o remédio era para o meu sogro.”

Além de frisar o fato de que “todos os esforços não tem sido suficientes” para tirar Robson da atual situação para que o mesmo possa retornar ao Brasil, o jogador de 27 anos de idade atualmente no Beijing Guoan (China) fez um apelo as autoridades da Rússia e também do Brasil:

“Eu venho aqui, através da minha imagem, pedir para que as autoridades da Rússia e do Brasil, principalmente, possam se sensibilizar com essa situação do Robson. Para que possam entrar em contato com o governo da Rússia e dessa forma possam pedir a deportação do Robson o mais rápido possível.”

Entenda o caso

Em reportagem exibida pelo programa Esporte Espetacular no último dia 1° de setembro, o caso foi detalhado como tendo o seguinte enredo: após ser convidada para trabalhar na casa de Fernando via sogra do atleta, Sibele Rivoredo, a esposa de Robson, Simone Barros, disse que aceitaria caso o seu marido também pudesse sair com ela de Nova Iguaçu para trabalhar com a família na luxuosa casa da capital da Rússia, Moscou .

Entretanto, quando eles desembarcaram na Europa, uma revista feita em malas que lhes foram entregues pelo motorista da família já no Aeroporto do Galeão encontrou duas caixas com 40 comprimidos do composto Mytedom, remédio esse que seria para o sogro de Fernando, William, que sofre de dores na coluna. Apesar de ter uso legal no Brasil mediante receita, na Rússia ele é proibido.

Tendo em seu componente o opioide metadona, usada em medicamentos para tratamento de dependentes químicos, o casal foi fotografado, teve digitais e exames de sangue e urina coletados para, logo depois, serem buscados no Aeroporto Internacional de Domodedovo por um funcionário da família de Fernando, William da Silva, apelidado de “Rodela”.

Após acionar Sibele, que sequer estava na Rússia e curtia férias com a família na Grécia, ela recebeu como resposta que a situação “estava sendo resolvida” e, após mais de 17 horas detidos no aeroporto, foram liberados e ficaram 35 dias sozinhos cuidando da residência de Fernando.

Quando Fernando e sua família retornaram ao país, Robson foi dirigindo com o atleta e a esposa do mesmo, Raphaela Rivoredo, a delegacia do Aeroporto de Domodedovo onde foi preso e conduzido, uma hora depois, a Unidade Penal de Kashira, localizada em cidade homônima que fica a 107 quilômetros de Moscou.

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