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Análise: Frio e calculista, River Plate assume o papel de fantasma da América do Sul

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Foto: Divulgação/Conmebol

O ano era 2000, o futebol brasileiro dominava a Libertadores na década de 90 e chegava ao novo milênio com três títulos consecutivos do maior torneio de clubes da América. Após uma semifinal eletrizante entre Palmeiras e Corinthians, o Verdão conseguiu eliminar o maior rival e partia em busca do bicampeonato diante do Boca Juniors.

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Na partida de ida, nem mesmo a força da La Bombonera deu resultado e os times empataram por 2 a 2. No Morumbi, diante de uma multidão verde e branca, a equipe comandada por Carlos Bianchi foi fria, calculista, soube controlar a pressão do Verdão e faturou o título nos pênaltis.

A partir da primeira conquista continental, Bianchi e Cia assombraram a América do Sul por anos, com direito a mais três títulos da Liberta, duas Copas Sul-Americana e dois Mundiais de Clubes da FIFA.

Quase 20 anos depois daquela decisão, a América do Sul vê surgir um outro fantasma. Trata-se do River Plate, que após passar por um rebaixamento, voltou a assombrar seus rivais e chega a sua terceira final de Libertadores em cinco temporadas.

Marcelo Gallardo, conhecido como Muñeco, sabe como poucos armar uma equipe e se impor dentro e fora de casa. Quando não obtém o resultado no Monumental de Núnez, o time Millonario parece não sentir a pressão na casa do rival e de maneira natural sai de campo com a classificação.

Na noite da última terça-feira, Gallardo e seus bloqueps souberam novamente administrar um resultado sem sofrer sustos. Na La Bombonera, o time Millonario soube administrar a sua ótima vantagem na ida e apesar do festival de bolas levantadas pelo Boca Juniors, Franco Armani pouco teve trabalho ao longo dos 90 minutos.

Até mesmo quando sofreu o gol, o River Plate controlou o duelo no campo adversário e não deu nenhuma chance para o Xeneize.

É claro que o Boca do começo da década de 2000 tinha pontos mais fortes e conta a seu favor dois títulos Mundiais, porém, o River Plate se assemelha muito ao maior rival, pois sabe jogar cada partida e demonstra um psicológico inabalável quando é exigido.

Títulos

Boca Juniors – 2000 a 2007
Libertadores: 4
Copa Sul-Americana: 2
Recopa Sul-Americana: 1
Mundial de Clubes: 2

River Plate – 2015 a 2019
Libertadores: 2
Copa Sul-Americana: 1
Recopa Sul-Americana: 2
Mundial de Clubes: 0

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