Uma tarde/noite típica de Professor Pardal. Assim podemos definir a atuação do técnico Juan Carlos Osorio, em Santa Clara, na humilhante derrota mexicana por 7 a 0, contra o Chile, pelas quartas de final na Copa América do Centenário.
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Chile massacra o México por 7 a 0 e avança na Copa América
Não é de hoje que Juan Carlos Osorio gosta de ousar na escalação da Seleção Mexicana. No cargo desde o ano passado, ele tinha uma invencibilidade no comando da equipe, mas era notório que a fase invicta estava prestes a ruir.
Se na parte ofensiva Osorio tinha jogadores de qualidade, como, por exemplo, Chicharito Hernández, Tecatito Corona, Héctor Herrera e cia, não podemos dizer o mesmo no setor ofensivo, que apostava no experiente Rafa Márquez como principal nome.
No jogo contra o Chile aos 11 minutos já ficou claro que algo estava errado no time do México. Vidal lançou Puch que avançou sozinho e quando ficou cara a cara com Ochoa foi travado pelo zagueiro Araujo.
No decorrer da primeira etapa, o Chile deitava e rolava quando subia ao ataque. O meio de campo mexicano não conseguia segurar os avanços e a defesa sofria com Alexis Sánchez e Eduardo Vargas.
Descer para o intervalo perdendo por dois a zero ficou barato. Na volta do vestiário, Osorio resolveu mexer na equipe e desequilibrou ainda mais a sua seleção. Ele tirou o volante Jesus Dueñas e promoveu a entrada de Carlos Peña para fortalecer o sistema defensivo, o resultado foi um time totalmente exposto e que aos 15 minutos já perdia por 4 a 0.
No fim, Osorio tentou fechar o meio com Jorge Torres Nilo, mas já era tarde demais. O Chile massacrava em cima de uma equipe abatida e que não tinha forças para reagir.
Vale lembrar que esta não foi a primeira vez na Copa América que a zaga mexicana ficou exposta. Nos jogos contra Jamaica e Venezuela, adversários bem mais fracos que o Chile, o México escapou por pouco de não sofrer três ou quatro gols.
Após essa eliminação vexatória, Osorio precisa equilibrar o seu time e fortalecer o sistema defensivo urgente. Nas eliminatórias da CONCACAF o nível técnico é bem menor e talvez não seja parâmetro para uma avaliação profunda, porém a Copa das Confederações do ano que vem se aproxima e ele precisa apresentar um time mais consistente, ou o sonho de comandar o México na Copa do Mundo vai ficar pelo caminho.