Análise FL: Chile e seu crescimento quando a competição “pediu”

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Foto: Reprodução/ogol

Parece até mesmo uma expressão bem batida e já largamente utilizada no mundo do futebol mas que, mesmo assim, ainda cabe em diversas situações o fato de que uma equipe “cresce na hora certa” dentro de uma competição.

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E, se for analisada de maneira detalhada a campanha que levou o Chile a grande conquista obtida ontem diante da Argentina na Copa América Centenário, a situação pode facilmente ser colocada dentro dessa máxima.

O impacto que teve a saída de Jorge Sampaoli do comando técnico da Roja foi extremamente nítido e até certo ponto traumático já que, nas primeiras partidas sob o comando de Juan Antonio Pizzi, os resultados e desempenhos deixaram um gigantesco ponto de interrogação sobre como a equipe conseguiria se portar perante situações de grande competitividade como justamente ocorreria na edição centenária do torneio continental de seleções.

Derrotas para a própria Argentina em casa sendo dominado pelos dirigidos por Tata Martino, um revés vexatório para a Jamaica em um amistoso e apenas uma vitória protocolar contra a Venezuela pelas Eliminatórias corroboravam para um ambiente de muitas incertezas.

A primeira fase, logo na estreia, mostrou uma clara diferença de estágios entre novamente as seleções finalistas da última edição da Copa América com a vitória argentina por 2 a 1. Um triunfo polêmico e nada convincente contra a Bolívia potencializou o nível de desconfiança, mas uma apresentação mais consoladora na goleada sobre o Panamá começou a clarear um horizonte que receberia o maior banho de luz possível e imaginável.

Frente a frente com um dos favoritos a chegar a decisão, o Chile encarou o México e protagonizou um jogo que fez certamente a torcida chilena e os analistas se lembrarem dos grandes desempenhos de outrora, com ultrapassagens, muita movimentação, aplicação tática e aproveitando um posicionamento desastroso do time de Juan Carlos Osorio para aplicar um sonoro e totalmente merecido 7 a 0.

Na sequência, diante da Colômbia, a equipe era o símbolo da maturidade e já havia captado que só o mesmo nível de concentração de 2015 combinado com a nova filosofia de trabalho de Pizzi seria capaz de superar a forte seleção cafetera. E, com dois gols praticamente relâmpagos, nem mesmo a força de um coletivo repleto de grandes nomes como o plantel de José Pékerman conseguiu reagir mesmo com o advento da tempestade que paralisou por muito tempo o certame.

E, na grande final, o terceiro reencontro com a seleção que, nas duas outras oportunidades, havia “jogado” na face da Roja que ela ainda não estava no mesmo nível de disputa que no título anterior da Copa América. Para contrariar o prognóstico, nada melhor do que repetir toda a aplicação da partida de Santiago e a eficiência nas penalidades para ficar com a conquista do torneio disputado nos Estados Unidos.

Mais uma vez, a história de uma equipe que não começou com jeito de campeã apesar da pompa do título anterior, porém que soube lidar com as dificuldades e reagiu no momento exato.

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